sexta-feira, 9 de julho de 2010

MINISTRA DA SAÚDE

Ana Jorge, no seu geito suave e sem ondas, tem conseguido impor um estilo equilibrado no seu Ministério. Vai-se aguentando e levando a água ao seu moínho sem a violência do anterior titular. Não se põe em duvida a sua competência mas faltava-lhe humanidade e poder de comunicação. Não deixou saudades. Não .
Ora, hoje reparei numa pequena chamada de atenção , vinda da Ministra da Saúde e pensei :Vou citá-la, pois parece uma observação sem importância, mas não é. Encerra um mundo de sabedoria.No seu geito  tranquilo ela disse : "- É preciso fazer, fazerem sopa em casa e não gastarem em fast food, que é mau e mais caro."
Tão importante! A velha sopa ! A sopa da nossa infância continua sendo desprezada na maioria dos lares. As crianças não gostam. Fazê-la para quê?
Porque sim. Porque faz falta. Porque é imprescindível na nossa alimentação. Porque nos dá vitaminas, sais e minerais que doutro modo não absorvemos.
E já agora uma pequenina nota.
-Sabem que a terrina que antigamente se colocava na mesa e donde a mãe tirava a sopa que ia servindo a cada um dos membros da família é um elemento com uma forte conotação sentimental ?
A terrina fumegante é simbólica:
Paz. União. Amor.
Conta-se que no final da Guerra ,em França, um soldado regressado dum campo de concentração ao chegar a sua casa e deparar com a família sentada à mesa, a mãe tirando a sopa da terrina, sentiu uma comoção  tão violenta que o levou ( ele que tinha resistido às maiores torturas) a sucumbir.
Hoje a terrina já não vai para a mesa. Mas a sopa é imprescindível. Não só para as crianças mas para todos nós. Sempre. Neste momento, trazidas da Mercearia Criativa, acabam de chegar as cenouras, espinafres, abóbora, salsa, coentros, cebola, courgettes,alho francês.... Tudo o que vai alegrar a nossa sopa, que não dispensamos nunca.

1 comentário:

Anónimo disse...

A comida rápida foi o que nos deram ao longo de anos e isso só deu cabo da saúde das crianças e adultos. As mulheres trabalham fora de casa e já não têm tempo, nem paciência para fazer o demorado jantar. A Ministra tem razão numa parte, mas que pense na vidas das mulheres. Esta sociedade não pode continuar como está programada. Segundo notícias, as mulheres em Portugal são as que trabalham mais horas. Deviam trabalhar a meio tempo para se lhes exigir mais responsabilidades. Criou-se um Mundo fútil, agora têm o resultado, e vai ser pior, por este andar. Linda