terça-feira, 13 de julho de 2010

AVÓ ,NÃO ENTRES NO NOSSO QUARTO.

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A Marta:
- Avó , não entres no nosso quarto.
A avó :
-Claro, não entro.
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Hoje , repetiu-se a vinda dos netos cá para casa. Amanhã também. Depois , possivelmente, virá só o António, pois as primas vão para o Algarve.Têm sido tardes felizes e sem problemas.Verifico que as brincadeiras agora (têm todos mais de 6 anos ) são diferentes. Há um certo secretismo que respeito  e nem tento descobrir ,mas penso que  predomina a representação  - o teatro. Pedem ,assim que chegam do almoço :
 fatos, chapéus, malas, óculos, colares.
Forneço o que pretendem e a festa começa.
E recordo as brincadeiras na idade deles e como foram importantes ao longo da vida. Onde estarão os amigos desse tempo ? Aprendemos a viver em conjunto e lembro que o nosso espaço, em geral em nossa   casa, igualmente ,era  respeitado e não invadido.
Na infância, se aprende a viver. As principais normas de conduta aí se adquirem.
Crianças felizes / adultos felizes.
Não é ?
Sem dúvida.

1 comentário:

Anónimo disse...

Que bons momentos tanto para a minha amiga como para netos que são respeitados nas suas brincadeiras. Eu aí também era respeitada porque brincava sózinha.Ás vezes lá aparecia uma cabeça para ver se estava a fazer algum disparate. Nós hoje sabemos como é saúdavel as crianças brincarem em conjunto. Não dou de opinião o filho único e não deixar as crianças brincarem e sujarem-se se for preciso. Liberdade para os pequenitos mas, com regras na educação. Não é verdade? As crianças sós geralmente não sabem defender-se tão rapidamente na vida, a luta é maior, para aprender-mos a crescer e a defender-mos-nos ataque do exterior.Já há uns anos vi um decumentário sobre macaquinhos, ele criado sózinho, e quando lhe chegaram companhia ele, ficava encolhidinho num canto. Desatei num choro perante aquela cena dramática. Ainda agora me toca. Nesse mesmo programa havia uma cena, que era uma mãe de arame com o beberão e outra que era peluda. Ele só ia para o beberão quando tinha fome e voltava a correr para a mãe artificial mas, fofinha. Era o aconchego e o engano da solidão. Não sei porque estou a dizer isto, mas, que ainda hoje esta cena me toca, lá isso toca. São sentimentos que tenho guardados e opinioes que nunca pode partilhar. Quem tem pena de macaquinhos. Não ligues a essas coisas é o que ouso, vou ficar por aqui. Mas as crianças levaram-me a estas e outras vivencias. Eu sei que me compreende, obrigada por isso. Linda