segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

" A ORIGEM DA MONOGAMIA " / MARGARIDA REBELO PINTO

"Tudo tem o seu tempo próprio... " - Há mais de 20 anos que me habituei a respeitar o TEMPO. Além de o respeitar ,tenho total consciência da sua importância na resolução de alguns problemas que nos afectam e os quais só ele tem capacidade de os resolver. Não vale a pena procurarmos outras ajudas. Não vale a pena tentar. Não vale , de modo nenhum. Só ele consegue solucionar certos casos que nos afligem  Só o tempo a fará esquecer o seu desgosto". Dizem e é verdade. Só o tempo!
Quem não ouviu já esta frase ?
Frase sábia! Palavras indesmentíveis. A Bíblia di-las e sabemos que são verdadeiras. Fatais.
Tempo!
Já houve um tempo em que me interessei pelos livros de Margarida R. Pinto.. Como já houve um tempo em que achei graça  reencaminhar posts. Já houve tempo em que me atraia o que hoje não me desperta a mínima atenção. Tempo! O adjectivo que melhor se lhe adapta é inexorável ( desapiedado a rogos ).Sim. O tempo é inexorável e pronto.
O tempo passa e nós , sem nos darmos conta, mudamos. Muitas vezes não notamos mas os outros notam.
Vem esta lenga lenga a respeito de, actualmente , não me interessar pelo que esta escritora escreve.
- Porquê?- Não sei. Apenas não leio as suas crónicas no Sol porque não me interessam.
Contudo, esta semana o título despertou-me a atenção :
"A origem da monogamia ".
( Recordo o tempo em que li " Não há coincidências ". E , nessa altura , achei que realmente , coincidências não existiam. Hoje não sei... Só sei que o passar dos anos, acarretou modificações tão fortes que também eu hoje digo : Só sei que nada sei. Nessa altura o filho da escritora era uma criança de poucos anos e agora está um adolescente do tamanho da mãe).
No referido artigo, Margarida fala da antrópologa norte-americana Helen Fisher e das suas teorias acerca da monogamia. Porque é que as mulheres , mesmo as mais independentes , precisam tanto de sentir a protecção masculina?Ela afirma que essa necessidade de protecção está directamente ligada à evolução das espécies. Quando o homem começou a caminhar, ficou com as mãos livres para executar várias tarefas enquanto a mulher ficava com os filhos nos braços e, por isso mais indefesa. A vida perigosa nas planícies terá dado origem ao comportamento monogâmico, enquanto hábito humano de formar um casal,com um indivíduo, uma vez que este hábito se revelou essencial para a fémea e cómodo para o macho. Este pode arranjar  alimento para uma fémeae uma cria , mas não para um harém. ..........................E assim nasce a monogamia, há mais de 3,5 milhões de anos.
A escritora divaga a partir da análise da antrópologa e diz: - o meu herói è aquele homem que me ouve e me protege a mim e às minhas crias. E a monogamia , inscrita no nosso ADN, é uma solução inteligente para a humanidade. É com base na monogamia que se criam laços mais fortes e duradouros entre um homem e uma mulher, tanto há 3,5 milhões de anos como agora.
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Monogamia.
Este tema anda a rodear-nos.
Monogamia. Poligamia........
Será que a antrópologa referida pela escritora  viu bem a origem da monogamia?
A nossa visão é totalmente diferente. Tivemos na Universidade Nova aulas de Antropologia Cultural com Mesquitela de Lima, de quem guardámos uma lembrança muito especial. E , não vimos deste modo o aparecimento da célebre monogamia.
Não vimos.
Não!
E , aqui, entra o Tempo.
Tempo / Monogamia / Poligamia !
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1 comentário:

Anónimo disse...

´Nunca li nada desta escritora. por principio meu,quando os livros são muito lidos qualquer coisa me faz parar. Gosto de livros com certa densidade e penso que os dela são de fácil leitura. O certo é ler e depois fazer juízos de valor, mas não foi isso que fiz. Paulo Coelho li um e fiquei por isso mesmo, as suas histórias não me agradam e a sua maneira de escrever também não, no entanto vende livros como cogumelos. Sobre a monogamia e poligamia eu sou, por a exclusividade. Linda