quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

AGITAÇÃO AUMENTA NO MÉDIO ORIENTE

A revolta triunfou no Egipto e alastra aos paises vizinhos, como era de prever.
Obama acaba de prevenir :
-"Ninguém pode manter indefinidamente  o poder através da coerção", lembrando que o "o mundo mundou"" e no Médio Oriente há hoje uma geração dinâmica disposta a agarrar a sua oportunidade.
A Líbia , ali tão próximo, conseguirá escapar á contestação popular? Recordemos o papel de Khadafi neste país. Olhemos para o mapa e vejamos como o Egipto está tão próximo e como a propagação das idéias é contagiosa.
Líbia, a seguir?
Muammar al-Khadafi nasceu numa tenda no deserto , próximo de Surt, por volta de 1942. Frequentou a Academia Militar de Benghazi  e a Real Academia Militar de Sandhurst , na Inglaterra.
Aos 27 anos era membro das tropas revolucionárias e bem breve se tornou líder com o título de Coronel. Declarou ilegais as bebidas alcoólicas e os jogos de azar. Obteve a retirada americana e inglesa de bases militares, expulsou as comunidades judaicas, aumentou a participação das mulheres na sociedade. Em 1998, sofreu uma tentativa de assassinato, tendo sido atingido por um tiro. O golpe fracassou e o regime foi mantido.
Em 1992 e 1993, a ONU impôs sérias sanções à Líbia acusando o seu líder de finananciar o terrorismo no mundo. Essas sanções foram suspensas em 1999 após mudança de comportamento do Coronel. Diz-se que essa mudança foi devida ao profundo abalo sofrido com as mortes da mulher e filha num bombardeamento americano em Tripoli.
Na década de 2.000 , Kahafi pagou integralmente as indemnizações às familias dos mortos no atentado de Lockeerlit.
Em Maio de 2006 , a Líbia saíu da lista negra de embargos económicos dos EUA, por o Presidente Khadafi ter desistido dos programas de armas de dertruição em massa e passar a colaborar na luta contra o terrorismo.
É um dos líderes mundiais que está há mais tempo no poder tendo instalado no seu país o"Socialismo árabe ".

A situação interna de dia a dia está a tornar-se mais tensa. Os incidentes da noite passada em Bengghazi deixaram 14 feridos graves. E dá sinais de aumentar, estando marcada uma manifestação contra o regime para amanhã
A UE acaba de pedir às autoridades que permitam a livre expressão e escutem o apelo dos
manifestantes
Movimentos de agitação verificam-se ,igualmente, no Irão, Iemen e Bahrein.
Como irá O general Khadafi, senhor duma personalidade bizarra, reagir às mudanças imparáveis que se estão a verificar?
OS EUA e A UE pedem realismo e coloboração nas mudanças exigidas .
Terá o General Khadafi amplitude intelectual para assimilar as mudanças históricas que, de dia a dia ,se estão a impôr ?
Difícil resposta .
Quem esqueceu Munique?
Que se pode esperar duma personalidade tão controversa ?
( Quanto a nós imaginamo-lo sempre na sua inseparável tenda  e não coseguimos elaborar uma leitura , minimamente intelegível de personalidade tão controversa. Mas vamos pesquisar , pois é da maior oportunidade tal estudo.)
Temos de acompanhar as mudanças, que estão a ocorrer perante os nossos olhos e conhecer os seus actores.
Ser espectador da História?
Apaixonante!
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1 comentário:

Anónimo disse...

Realmente, os interesses dos EUA, vêm-se em cada dia que passa. Apoiam ditadores e quando as sociedades se revoltam lá vêm eles a lavar as mãos como Pilatos. Tenho pena que Obama embale nesta política. Tive esperanças sobre ele. Vendo o bendito mapa, vê-se porque o interesse dos EUA e de Israel, mas esse não admira. Voltando há posição dos EUA e UE, nunca os vi preocupados com o antes, pelo contrário, apoiam sempre os governos musculados como se sabe se esses governos lhes dão jeito. Sobre Kadafi? Como ele vai reagir não sei, mas como devia reagir já tenho opinião. E é como diz, saber ler a história. Mas uns por umas situações e nós por aquelas que nós sentimos que atravessa o mundo, temos mais que razão para entrar em revolta. O cinto está a apertar demasiado na Europa e no mundo, chamado de primeiro e de civilizado. Voltando a Israel está entalado e tem pouca água, fará tudo para roubar a dos outros e ainda que é um povo escolhido por Deus, e eu não os quero por perto, por nada. Mas, tenho que fazer parêntese, claro que nem todos. Linda