sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SUÉCIA / SAÚDADES DE INGMAR BERGMAN

Agora que a Suécia está na ordem do dia e proliferam os artigos de opinião sobre a desilusão que acaba de sentir com os resultados das ultimas eleições e com a entrada da extrema direita no Parlamento , Ingmar Bergman veio de novo ao nosso encontro e recordámos :
Recordámos o tempo da Faculdade de Letras e as fugas constantes para o cinema.
Recordámos o nosso entusiasmo pela Social  Democracia dos países nórdicos.
(Quem nos dera ! )
Recordámos o deslumbramento que sentimos quando tomámos conhecimento com a cinematografia de Bergman.
" Morangos Silvestres"  (1957 ). " O sétimo selo " (1956 ). "Mónica e o desejo "(1959) . Sorrisos duma noite de verão "
Filmes que revelavam uma terrível solidão e angústia, onde Bergman exorcizava a sua infância trumática. Filho dum pastor luterano , desde sempre foi dominado por uma educação autoritária , baseada em conceitos relacionados com pecado, castigo, perdão, vergonha e humilhação.
Nós pensávamos : - Na Suécia ? Estas obsessões ? " Morte. Impossibilidade de comunicar. Pecado. Solidão. Busca de um sentido para a vida . Ansiedade sexual. " Eram estes os temas que o dominavam. Nós que viamos na Suécia o paraiso sentiamo-nos perdidos e confusos .
Mas, eram obras primas que nos deixavam deslumbrados e nos faziam pensar.
Afinal, onde está a  felicidade, a justiça, o bem estar ?
São questões que há 50 anos nos preocupavam e  que continuam a centrar o nosso pensamento.
Qual é afinal o modelo da sociedade ideal ?
Qual o paradigma?
Será que existe ?
Onde ?

1 comentário:

Anónimo disse...

Haverá uma sociedade mais justa quando deixarem seres humanos de boa vontade a serem ouvidos por todos em iguais circunstâncias. Perfeição a 100% não há, mas pode haver melhor. Nunca se vai a lado nenhum a aproveitarem-se da política para enriquecer, como hoje disseram numa TV que um politico enquanto esteve na politica ganhou mais de 5 milhões de euros. Só não digo o nome porque não ouvi a notícia correctamente, mas vai vir nos jornais certamente, se isso, interessar ao jornalismo. Com estas e outras acções e com as falinhas mansas da extrema direita, e dos que têm má índole eles lá vão ganhando votos como aconteceu na Suécia e por aí fora. Linda