sábado, 28 de janeiro de 2012

UM FILME A NÃO PERDER

Leonardo DiCaprio junta-se a Clint Eastwood para mostrar a vida e a obra do primeiro director do FBI , um dos homens mais poderosos na história dos EUA .
O que contribui para o interesse que este filme nos desperta ?
O saber que a pesquisa histórica agora feita foi rigorosa .

O  ter , finalmente , compreendido o que impulsionava Hoover para a fobia com que ele encarava o seu cargo. A sua relação intensa com a mãe. Ela foi para Hoover o seu suporte moral. Viveu com ela até aos 40 anos , sempre inflenciado pelas suas teorias de  implacável devoção à causa política .
Mesmo nos períodos mais críticos , quando a sua gestão do FBI sofria ataques políticos incisivos , a mãe estava presente , assegurando que ele estava a fazer tudo bem e que o trabalho mais importante continuava a ser a defesa dos cidadãos e a integridade nacional.
A sua solidão amorosa era apenas e só mitigada pela presença materna. A sua libertação nunca se verificou pois mesmo após a morte materna o sentimento de fidelidade - fanática / religiosa já o dominava totalmente. Não se conheceram amores. Paixões. A Mãe ficou.

Parece que houve um relacionamento com Dorothy  Lamour mas no domínio platónico.
Se era ou não homossexual há no filme o tão falado beijo a que toda a imprensa se refere mas não é fundamental para a leitura do personagem.
Então porque queremos ver este filme?
Para:
- Compreender o que leva alguém ao cumprimento fanático dum dever que impiedosamente domina toda a sua existência.
- O alcançar  o que significou para a América o reinado deste homem e que marcas ficaram. Porque ficaram e lá estão.
- O potencial perigo que existe do domínio das mães  . As tais mães que têm o poder ilimitado de destruir a vida dos seus filhos ( e são em maior número do que se pensa...)
- O Poder / a Ambição / o Fanatismo / A Religiosidade.
- O Ódio a uma determinada corrente política - neste caso o  Comunismo.
"Era como se o FBI fosse a religião deles . A vida era posta ao serviço do policiamento."
A devoção existencial de J. Edgar Hoover desperta em nós um profundo interesse.
Apesar de rejeitarmos completamente a conduta deste homem , fascina-nos compreender as suas motivações.
Não vamos perder o filme que acreditamos ser de grande interesse e não compreendemos  a não apresentação da sua candidatura aos Óscares 2012.
Ou compreendemos ?  

1 comentário:

Anónimo disse...

As mães são a luz, mas também podem ser as trevas e anular um filho para a vida. Neste caso não era ele a principal figura, era a mãe que existia dentro da sua alma. Ainda bem que nasci rapariga a influência não foi tão forte. Linda