Barrigas de aluguer !
Só esta referência é suficiente para nos incomodar.
- Porquê ?
- Difícil de responder. Talvez porque a maternidade foi sempre para nós, algo de tão importante e maravilhoso, que não conseguimos encarar o problema como algo passível de transaccionar.
Um lugar . Um espaço.Uma combinação.
Um negócio.
Ser mãe é de tal modo extraordinário que não conseguimos conceber uma mulher que o vai ser porque há quem queira para si o filho que ela durante nove meses vai deixar crescer dentro de si.
Pobre mulher !
Pobre!
Infeliz Mulher!
Os limites da ciência afligem-nos.
Não se trata nem de religião nem de ética.
Trata-se de amor.
Do maior amor que existe.
Começámos a amar os nossos filhos no momento em que percebemos que o embrião que albergávamos dentro de nós tinha sido fecundado.
Um amor sem limites. Sem paternidade. Acima de qualquer valor.
Ilimitado.
Este assunto incomoda-nos.
Dizem-nos que a sua discussão no momento presente não é oportuna.
A nossa sensibilidade grita que não há momentos oportunas para ser barriga de aluguer.
Decididamente não queremos ouvir as justificações que pretendem defender a legitimidade do acto:
- a impossibilidade de ser mãe.
- a incapacidade dos casais homossexuais.
- os casos de infertilidade irreversível.
Evidentemente que eles vão amar e cuidar da criança " que encomendaram ".
Acreditamos que sim .
Mas, como encarar o papel da mulher que aceitou este negócio ?
Quais os seus sentimentos durante a gestação ?
Como passará essa mulher a encarar-se futuramente ?
Oh! Céus !
Que saudade !
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Essa matéria também me deixa apreensiva, não aquela que aluga mas, aquela que se aluga. Será assim tão lógica ou viverá assim uma vida tão miserável? Aqui a alguns meses atrás, vi uma entrevista com uma mulher americana que já tinha alugado a sua barriga 5 vezes, e dizia que gostava de o fazer. Tinha filhos, dá para perceber? Linda
Enviar um comentário