quarta-feira, 20 de junho de 2012

A VIDA DE SUU KYI

Era uma vez uma menina muito bonita que vivia muito feliz com os seus pais na Birmânia até que um terrível desgosto a atingiu.
 Em 1947 o seu pai , o  general birmanês Suu Saun , considerado o herói da independência do seu país foi assassinado , quando tinha apenas 32 anos.
A menina  foi crescendo e mais tarde acompanhou a mãe , embaixadora na Índia onde estudou numa escola religiosa e depois foi para Inglaterra onde , em Oxford ,se doutorou em Política , Filosofia e Economia . Aí encontrou o amor da sua vida : Michael Aris  , especialista em estudos tibetanos. Casaram em 1972  e foram para o Butão , onde Aris  foi tutor dos filhos do rei. Depois estabeleceram-se em Oxford e tiveram dois filhos , Alexander e Kim.
A calma em que vivia , entre as festas de aniversário que organizava meticulosamente para os filhos e as horas passadas nas bibliotecas da universidade , desfez-se em 1988 quando Suu Kyi , voou para Rangum  para cuidar da mãe , pensando que em poucas semanas estaria de novo em casa, com a família.
A viagem de regresso durou duas décadas  a concretizar-se.

Esteve 15 anos em prisão domiciliária, foi galardoada com o Nobel da Paz em 1991 e perdeu o marido , Michael que só tinha voltado a ver depois do seu partido ter obtido em 1990 uma vitória estrondosa, nunca reconhecida pela Junta Militar. Quando da morte de Michael não foi ao funeral por saber que seria impedida de regressar à Birmânia e ela tinha uma missão a cumprir:
Implantar um regime democrático no seu país.
Durante todos esses anos de luta Suu foi uma referência não só para o seu povo como para o mundo.
A Senhora , como carinhosamente é designada viveu longe dos seus filhos , de tudo o que amava, fechada num pequeno espaço que não podia de modo nenhum ultrapassar.
Mas ela ali estava.
Eles sabiam.
Amavam-na e tinham a certeza que a sua luta era a deles.

Em 2011 conseguiu a primeira vitória em quase meio século :
A Birmânia teve o seu primeiro governo civil. " Se não fizermos emendas á Constituição  em harmonia com as aspirações de todas as pessoas no nosso país , nunca poderemos conseguir a unidade e a paz que desejamos ",   afirmou hoje, em Oxford.
Mas o caminho está aberto. O mais difícil foi  conseguido e centenas de pessoas hoje aclamaram-na  tendo-lhe sido oferecida  pela universidade uma moldura com a fotografia do seu pai , o herói que a acompanhou na sua luta.


 Não acham que esta é uma linda história ?
 Nós pensamos que sim e até acrescentamos :
 E Suu Kyi agora vai ser muito feliz junto do povo que  tanto ama e talvez dos netos que devem orgulhar-se duma tão maravilhosa avó.


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