Foi imperdoável o nosso esquecimento em relação à Síria.
No texto que ontem elaborámos "A espera " não referimos o que se passa neste país mártir.
E, de todas as tragédias que se estão a viver no nosso planeta esta, talvez seja, a mais dramática. Acabámos de ler o Le Monde de hoje e vimos uma advertência que foi direitinha à nossa sensibilidade :
"Não será altura da comunidade internacional agir duma vez por todas para terminar com o martírio deste povo ? Mesmo entre os mais moderados e pacíficos cidadãos desta nação mártir há já muitos que pedem uma intervenção estrangeira pois verificam que não há alternativa a uma vitória sobre o regime".
Como foi possível avançar tanto na barbárie ? Têm sido meses e meses de atrocidades difíceis de descrever e todas as tentativas de ajuda têm sido infrutíferas perante os interesses inconfessáveis que lá se jogam.
E , temos que confessar que os crimes que lá se cometem ( e que no início tanto nos afligiram ) entraram na nossa rotina e quase deixaram de nos incomodar.
Tão triste !
Mas , tem que chegar ao fim o drama que se vive na Síria. O Sr. Putin que tanto tem evitado uma intervenção humanitária deve , finalmente, compreender que a situação atingiu o limite do aceitável.
Basta de sofrimento inútil . De atrocidades sem fim. De crianças usadas como escudos humanos.
Qual o papel deste casal que era respeitado pela comunidade internacional e considerado como progressista e amigo do seu povo ?Será que está bem consciente do que se avizinha ? Que só uma assassinato cruel encontrará no final duma insensata luta pelo poder ?
Não observa o que se tem verificado nos países que viveram situações semelhantes ? Será que ainda tem esperança numa vitória agora com sabor a morte ? Só morte ?
O mundo pediu a Alma que não fosse cúmplice de tão ignóbil crueldade. Pediu e repetiu o pedido até à exaustão. Mas ela , iludida e participando num sonho utópico ,decidiu manter-se até ao fim ao lado do homem que , segundo confessa ama e respeita acima de tudo .
Acreditamos que o seu fim será semelhante ao das outras mães a quem só resta chorar pelos seus mortos.
Pobre Síria!
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