quinta-feira, 5 de julho de 2012

A SEXUALIDADE HUMANA

A sexualidade é uma das condições básicas nas quais se encontra instalada a existência humana. Não vale a pena ignorar a sua importância, força  e  poder. Recordamos que , a este respeito aprendemos algo que ainda não esquecemos.
Imaginemos um acidente aéreo. Morrem todos os passageiros excepto um que , por entre os destroços , espera salvação. Passa uma semana. Ninguém o vê. Sem nada para se alimentar está prestes a sucumbir quando a ajuda  chega.
Internado num hospital, a pouco e pouco recupera ,e, passado algum tempo , feliz , retoma a sua vida . O sofrimento por que passou  é apenas uma trágica recordação.
Ora
Se situações extremas de exposição a carências importantes para a sobrevivência humana podem ser suportadas sem deixar marcas , o mesmo se passa com a abstinência sexual?

Aprendemos que não. Que esta é uma pulsão ( não é um instinto ) que , quando não é satisfeito , deixa marcas para sempre.
 "Sexo é comunicação , linguagem, diálogo . É o reconhecimento do outro . É palavra ( sinal ) que diz verdade ou mentira , amor ou apropriação do corpo, dominação e apropriação ou doacção mútua. A sexualidade revela o homem como desejo  do outro , criando a alegria de viver "
Há amor sem sexo ?
Quanto a nós , não.
A sexualidade revela sobretudo a afectividade humana, o mundo onde o ser humano se realiza ou se frusta enquanto tal.
Ela situa-se na esfera do amor que é sempre uma esfera sexuada.
Evidentemente que achamos que é um direito humano que deve ser encarado com todo o respeito e cuja importância na nossa vida tem que ser tida como fundamental.

Claro que sabemos como através dos tempos este tema - sexualidade humana - tem sido maltratado. Tido como maldito. Sujo. Vergonhoso.
"Maria , concebida sem pecado ....."
Mas , no século XXI, pensamos que lhe deve ser dado lugar privilegiado a que tem direito.
Achamos que homossexuais  e  lésbicas devem ver as suas opções de vida respeitadas.  Sem dúvida.
Mas , não será tempo de ser encarado a sério o problema das vocações sacerdotais ?
Será que quem opta por servir a Deus tem que sufocar completamente uma ( senão a mais poderosa ) das suas pulsões?
E depois ?
Nesta altura , os profundamente crentes , dirão :
- Eles seguem a vida que escolheram.
Mas a que custo?
Aqui há anos , um sacerdote nosso amigo ( prior até há pouco tempo da Igreja de São Domingos ) disse-nos que , enquanto este assunto não fosse devidamente  encarado , as chamadas vocações sacerdotais iriam, cada vez mais , desaparecendo.
Estamos perante esse facto.
Quem ganha  com esta luta inglória contra a natureza ?
Pensamos que todos perdem.
Privar jovens, na força da vida de amar , criar família e expandir a sua fé.
Que pena !  

1 comentário:

Anónimo disse...

Também não acho normal um ser humano ser obrigado ao celibato. Se ele quiser tudo bem, cada um é que sabe de si, agora vir umas figuras que foram eleitas por homens sabe Deus com quantos pecados isso é demais. Nada diz na bíblia sobre o celibato. Em que se baseia os papas por querer manter este disparate? Quem diria, já li a bíblia e até fiz um curso bíblico e nada vi sobre o assunto. E foi escrita por homens. Costuma-se dizer que são mais papistas que o papa? Linda