À primeira vista , a faculdade de lembrar, era tão importante , que, era difícil acreditar que o esquecimento também devia ser encarado como útil.
Agora, finalmente, compreendemos que há lembranças que devem ir para a arca do que não nos é necessário, e ficarem lá muito tranquilas , adormecidas no seu conforto , sem pretenderem revelar a sua capacidade de agitar a nossa existência.
Claro que podem.
E, fazem-no muitas vezes.
Se fazem !
A velha amizade proporcionava uma catarse que não demorou a chegar:
- A verdade é que sempre senti que o meu pai não gostava de mim. Eu não era o filho que ele queria. Sempre me rejeitou.
Sempre !Ao ouvi-lo , tivemos a certeza que não era uma fantasia. Era uma verdade dolorosa e catalisadora duma existência marcada por essa circunstância dolorosa.
A irmã do nosso amigo, que se encontrava presente, não negou a afirmação. Ouviu-a em silêncio.
Nós , pensámos :
- Para todas as condutas há uma justificação. Ela aqui está. Nas atitudes de agressividade injustificada, nas reacções intempestivas e que criam perplexidade a quem assiste, há a amargura duma criança mal amada que magoa porque foi magoada.
E nós ?
Tivemos um pai que nos adorou . Que nos deu o céu e a terra mas será que fomos devidamente amadas pela nossa mãe ?
Na infância e adolescência, não. Sempre existiu um clima de rivalidade e ciúme que originou um afastamento prolongado.
Mais tarde, com o acalmar dos sentimentos , o amor chegou.
Mas as frases impiedosas ouvidas na altura , ficaram porque fizeram doer.
E estão.
Na arca das recordações , onde desejamos que elas permaneçam imóveis.
Fechadas .
Adormecidas num sono que sabemos não ser profundo. porque ao menor ruído elas despertam e mostram a sua força.
Quem não tem uma arca onde guarda o seu passado ?
Assim
Desejamos que aqueles a quem estamos ligados por laços de ternura guardem na arca das suas vidas recordações de momentos felizes que contribuam para memórias que façam apelo à alegria e não à amargura.
Na infância e adolescência, não. Sempre existiu um clima de rivalidade e ciúme que originou um afastamento prolongado.
Mais tarde, com o acalmar dos sentimentos , o amor chegou.
Mas as frases impiedosas ouvidas na altura , ficaram porque fizeram doer.
E estão.
Na arca das recordações , onde desejamos que elas permaneçam imóveis.
Fechadas .
Adormecidas num sono que sabemos não ser profundo. porque ao menor ruído elas despertam e mostram a sua força.
Quem não tem uma arca onde guarda o seu passado ?
Assim
Desejamos que aqueles a quem estamos ligados por laços de ternura guardem na arca das suas vidas recordações de momentos felizes que contribuam para memórias que façam apelo à alegria e não à amargura.
1 comentário:
No sábado pensei: a minha amiga não se manifesta hoje, foi um almoço, e acertei. Falando em arcas todos temos uma arca, e que quando somos mais novos lembramos-nos das más recordações, mas com o passar dos anos sublimamos e recorda-se boas recordações e chegamos á conclusão que não foram assim tão más, e se sofreu por não valorizar o que de bom se passou desde a infância. Também procurei sempre que a ciência me desse ajuda. Ainda hoje sou assim, estou no século XXI, quase não há impossíveis.Continuo como as crianças, porquê, porquê? Linda
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