Àqueles dias distantes , muito quentes como o de hoje , em que, na impossibilidade de sairmos , ficávamos na sombria e fresca casa dos nossos avós , sempre, na companhia de Lorde que teimava em nos acompanhar.
Era um pequeno cão rafeiro , vulgar e sem pedigree mas extraordinariamente inteligente, sensível e amigo do seu dono. Acompanhava-o sempre.
Sempre!
Exactamente assim .
Alexandre O`Neill canta o que nós recordamos com infinita tristeza.
Voltamos ao tempo das brincadeiras sem fim , da cabra cega, dos poços profundos que nos atraiam, dum avô sempre sério e duma avó sorridente, do campo perto da cidade mas campo de verdade.
Tempo de magia. De descobertas. De risos e lágrimas
Tempo em que Lorde , anunciou a morte do seu dono ganindo numa dolorosa agonia.
- " Chegou a hora. O avô vai partir. O Lorde não se engana ".
Não se enganou.
Esteve sempre perto . Afastavam-no . Ele voltava. Chorava ? Chorava. A sua dor era a nossa dor.
Depois
Todos regressaram a casa.
Ele ficou.
Lá.
Passado tempo
Morreu.
Lorde era o companheiro do nosso avô.
Que saudade.!
Comprámos
"100 cães que dominaram o mundo
Os canídeos mais influentes da História ".
Sam Stall
E amanhã começaremos a nossa habitual conversa com
Fala
A mascote canina do Presidente Franklin D.Roosevelt.
1 comentário:
Fizeram no Brasil um pequeno filme sobre um cão cuja historia é esta: Rafeiro também , mas amigo do seu dono, este morreu e ele ficou no cemitério. O carinho e amor das pessoas da vizinhança conseguiram anima-lo e o salvaram. Mas o cão acompanha hoje ao cemitério todos os que morrem e é o último a sair. Quem pensar desta atitude? O facto foi relatado á Record e foi feito o pequeno filme. Termino com o pensamento de Victor Hugo: quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais. Linda
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