terça-feira, 13 de dezembro de 2011

INDIFERENÇA

Estivemos este mês em Berlim.
Agora , que tanto se fala da Alemanha, pensamos  que com um distanciamento de alguns dias já conseguimos dizer o que mais nos impressionou   nesta população que caminha apressadamente nas largas avenidas da sua cidade:
A austeridade e a indiferença.
Foram estas as impressões que nos ficaram.
Sóbrios  e indiferentes .
Sente-se que eles estão na sua.
Querem trabalhar
Cumprir
Olham apenas para si.
Cumprem. 
Os outros que façam o mesmo. 
Sempre nos espantou o facto de os alemães afiançarem ignorar o que se passava nos campos de concentração. Claro que sabiam. Agora sentimos que este é um povo que cumpre ordens até ao limite da obediência e que é completamente indiferente  aos problemas dos outros.
Um exemplo :
- Nesta nossa viagem, em que a temperatura máxima se detinha nos 7 graus, não vimos um único casaco de peles. Nós, caminhávamos entre eles com o nosso casaco de peles  até aos pés e chapéu igualmente de pele.
Olharam-nos ? Repararam ? Criticaram ?
- Não sentimos a mínima reacção.
Indiferença total!
Fomos a Berlim para termos  a nossa visão / o nosso pensamento / o nosso juízo de valor.

Agora , que esta última cimeira terminou, que vimos a atitude de Berlim a exigir a imposição dos limites do orçamento na Constituição ( que eles têm ), que tivemos a possibilidade de os ver no seu quotidiano,
apetece-nos dizer :
- Sempre nos afligiu o perfeccionismo exagerado ( a tendência , por vezes dominadora  , para a obtenção da perfeição nos vários domínios de atuacção) , o cumprimento cego de ordens.
Cada dia que passa o receio que temos do comportamento dos alemães aumenta.
E o povo diz.
Não há duas sem três. 
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