sábado, 15 de dezembro de 2012

PRÉMIO NOBEL DA PAZ 2012




Acabámos de ler a versão abreviada do discurso de entrega do prémio Nobel que Herman Van Rompy e Durão Barroso , Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia , preferiram na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz , em Oslo , em nome da União Europeia.
Se gostámos?
Admirámos profundamente as palavras ditas que denotam uma profunda noção da realidade em que vivemos.
Começa assim :
A guerra é tão antiga como a Europa. O nosso continente carrega as cicatrizes das lanças e das espadas , dos canhões e das espingardas , das trincheiras e dos tanques e tantas outras. Ainda assim , depois de o continente ter mergulhado , e com ele o resto do mundo , em duas guerras terríveis ,a Europa alcançou a paz.
Todo o discurso é admirável e até comovente.
As últimas frases :
O nosso continente , erguido das cinzas depois de 1945 , possui uma enorme capacidade de se reinventar . Compete às novas gerações levar mais longe esta aventura comum. Esperamos que assumam essa responsabilidade com orgulho. E  que um dia possam dizer como nós : tenho orgulho em ser europeu.

- O que temos nós a dizer a respeito da atribuição deste Prémio ?
- Que consideramos  esta atitude uma manifestação de confiança em relação aos que tudo fazem para mudar a Europa.
Claro que a procura dum novo paradigma para tantos países envolvidos no mesmo projecto , não se faz sem sofrimento .
O maior problema que se coloca é que a mudança é tão violenta e inesperada que a periferia sofre, não compreende e não aceita.
Então como resolver a situação ?
É terrivelmente complicado porque após muitos anos de ter tudo o que se quer  ninguém quer abdicar dos seus privilégios.
Se tivesse havido uma guerra , tudo estivesse destruído e  seria mais fácil, encarar um novo recomeço.
Assim se explica a atitude dos povos do centro e norte da Europa que não se importam de fazer sacrifícios no intuito de  ter um nível de vida confortável.
Porque será que estes países desconsideram os do sul ?E , não é só a Alemanha que se opõe a ajudas ilimitadas aos povos em dificuldade. São os países da Social Democracia que pagam impostos altíssimos para usufruir do maravilhoso nível de vida de que desfrutam.
Aconselhamos a leitura ,se possível, deste magnifico discurso.
Pensamos que o que se impõe é uma pedagogia intensa para despertar o verdadeiro conhecimento da situação que a Europa atravessa   e a motivação para os sacrifícios, que têm que ser para todos e ,acima de tudo, para os que têm MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para mim onde não há pão, não há paz e a Europa não está a atravessar os seus melhores dias. Há um antigo ditado que diz: onde não há pão não há razão. Linda