quinta-feira, 22 de agosto de 2013

FELIZMENTE!

Felizmente!
Felizmente , a nossa família , ao contrário do que seria de esperar em pleno século XX, cheio de preconceitos  e  interdições , deu-nos uma educação livre.
A casa sempre cheia de amigos.
A educação religiosa distante
Nada de se falar em pecado
A cidade , embora da província, sofreu uma modificação  notável com a chegada dos refugiados durante a Segunda Guerra  e , possivelmente, beneficiámos  dos efeitos  dessa modernidade.
Assim
Para nós palavras eram palavras.
Feias ?
Não pensávamos nisso.
Ríamos, brincávamos , sentíamos a vida sem  medo de dizer asneiras.
De sermos castigados.
E assim
Aos nossos filhos demos a mesma educação.
Todas as palavras podem ser ditas
Há é que saber quando.
Se nos aflige ouvir um palavrão ?
- Até nos diverte e há alguns que nos agradam especialmente.

E sabem donde nos veio essa complacência ?
- Da ausência da interdição.
- O que diz alguém quando, inesperadamente se aleija ?

- Quem não solta , nessa altura , um valente palavrão ?

Hoje, trouxemos da biblioteca vários livros sobre o recalcamento.
Recalcamento .
Isso mesmo
Recalcamento

Céus  !

Até onde o RECALCAMENTO nos pode levar ....

Sabem
Cá em casa
Filhos / netos.... não dizem palavrão.
- Porquê ?
- Porque nunca houve proibição.

Claro que o neto António já sabe qual a palavra que deve dizer quando se aleija........
Essa mesma.
A que tem 2 erres e alivia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Falando ainda do palavrão, claro que se vai dizendo quando a coisa não corre bem, e neste momento dá para dizer a toda a hora. E com crianças o melhor é fazer que não se ouviu. Mas quando a coisa não é repetida? Mas em colectivo e adultos? Não, não desculpo e considero falta de civismo. Linda