quinta-feira, 30 de junho de 2011

"Valorizar os teatros nacionais e não criar novos museus"


Como tem sido amplamente divulgado o Ministério da Cultura passa a Secretaria de Estado. Francisco José Viegas vai proceder à " reorganização e simplificação "da estrutura, tendo em conta que " o Estado não é um produtor de cultura "A nova Lei do Cinema  definirá que serão tidos em conta os resultados de bilheteira e número de espectadores obtidos pelos filmes anteriores e realizadores candidatos aos apoios  mas garante que uma parte do fundo " deve ser reservado ao estímulo a novos talentos e a filmes que pela sua particularidade artística  e cultural , possam não encontrar  no mercado as fontes necessárias de financiamento .

Claro que concordamos completamente com a sensatez do critério.
Durante muito tempo foram subsidiados filmes que afastaram os espectadores das salas de cinema ( o mesmo se verificando no teatro) .
Há ainda os que recordam os gloriosos tempos do cinema português que arrebatava o povo e enchia as salas. " Leão da Estrela " , " Vizinha do lado", "Camões" , " Frei Luís de Sousa" .....................................
entre tantos outros. Agora  , depois duns anos de silêncio, apareceu "O crime do Padre Amaro"que abriu caminho para obras que estão a começar a atrair o grande público. Um recomeço ?
Com o teatro passou-se o mesmo . Temos maravilhosos actores que lutam pela sua   sobrevivência  económica, porque durante demasiado tempo vigorou um critério elitista na escolha dos autores das peças apresentadas, que não motivava os espectadores e contribuía para as salas vazias.
A cultura pertence ao povo. Não a uma parte do povo mas a todo o povo.

Um retorno ao passado ?
Porque não ?

Temos autores clássicos de grande nível que esperam aparecer a esta geração que mal os conhece:
Camilo
Eça
Tantos outros !

.............................................................. 
Passado com os olhos no Futuro.
Salas cheias e os nossos actores felizes por conseguirem realizar os seus projectos!!!
Porque não ?
 




1 comentário:

Anónimo disse...

Tudo bem se é para fazer bons trabalhos. Mas o nosso povo na minha opinião, não tem uma educação escolar que o leve a escolher o que há de bom na arte portuguesa. Se assim não fosse, não andavam aí atrás de certos, que cantam cantigas e fazem telenovelas e certos programas que eu pasmo como se tem paciência para ouvir e ver. Mas é o que temos, e dá jeito não se ser exigente´para não incomodar muito, e deixa-los manobrar-nos em paz. Não é verdade o que digo? Linda