INFIDELIDADES

Segundo o psiquiatra Júlio Machado Vaz dizia no domingo ( esta vossa amiga gosta muito de o ouvir e aplaude a sua saudável visão da vida) a infidelidade está a mudar .
E está mesmo.

Sabem,( certamente já perceberam, ) que a maior origem das transgressões matrimoniais  hoje tem como epicentro  a Internet. Pois é verdade. A infidelidade , actualmente , tem como habitat de eleição a Internet. Alí mesmo. Em frente dos olhos do parceiro. Ele / ela não sai. Está em casa. Muito sossegadinho /a  a ser infiel com a aparência mais tranquila do mundo.
Onde está a infidelidade? Não há prática sexual. Juram que não há.
Mas o que se passa na sala ao lado ? Ou , até no mesmo compartimento ?
Infidelidade virtual?

Que importa o nome? O divórcio vem depressa. O que se ouve é : - Como pode ser? Ele /a  estava sempre em casa...

Conheço vários casos - dois ,com pessoas muito próximas- que foi assim.

Exactamente assim. Os respectivos cônjuges afirmavam :- Não pode haver infidelidade. Impossível. Ele/a  está sempre comigo. SEMPRE.

E já agora para terminar. O marido da minha amiga namorava (e hoje vive com ela ) com uma brasileira, que largou marido e filhos e ei-la que corre para os braços do português desconhecido.

Ele, o meu amigo , que jurava a pés juntos que não havia traição da parte da mulher, viu esta regressar para o  seu primeiro amor que ( imagine-se ) vivia na Argentina onde ela o tinha conhecido 20 anos atrás, numa missão do pai ( embaixador).  Não o esqueceu e a Internet voltou a uni-los.

Em ambos os casos havia uma distância enorme a separá-los.

Mas , com as novas tecnologias pode falar-se em distâncias?

Nem para a política , como estamos a ver nos últimos dias , nem para o amor.

O poder das redes sociais é imbatível. Nada o detem.
CUIDEM-SE.