Absolutamente sem desculpa.
Na nossa última reflexão sobre poesia, esquecemos de referir um nome que , nos nossos dias é , talvez, a nossa maior referência .
Maria Teresa Horta
Além de a admirarmos como romancista , (o seu excepcional romance " As Luzes de Leonor " foi a obra portuguesa que mais nos deliciou nos últimos anos ) sentimos uma simpatia extraordinária por esta MULHER com letra grande.
Somos vizinhas , falamos quase diariamente na Namur , e ela sabe bem até que ponto a admiro. Cada um dos seus êxitos é partilhado com o maior entusiasmo por nós.
Assim, ao sabermos da publicação da sua poesia erótica ( com um magnífico prefácio de Manuel Alegre ) , preparámo-nos para a ler. Mas, até agora a biblioteca ainda não a recebeu
" Neste livro Maria Teresa Horta reúne toda a sua poesia erótica . Uma obra ousada e corajosa que nos dá a ver a libertação do corpo das mulheres: o seu gosto, o seu prazer, o seu modo de amar .
Uma ode aos sentidos ".
Mais uma vez nos foi dito que ainda não receberam a obra pois as editoras demoram a mandar.....
Assim , requisitámos uma Antologia da Poesia Erótica
Coordenação de Paulo Brito e Abreu
Resolvemos oferecer-vos este pequeno poema que lá encontrámos e achamos delicioso 8 e nada ousado ! )
Quero que me vejas como sou
Quero que me vejas
assim, como sou
sem vaidades e enfeites
ingenua e meiga
receosa , mas verdadeira
assim, como sou
Não desejo fortuna
nem mansões celestiais
quero, sim, que me ames
todos os dias
um pouco mais
Sónia Maria Maia Carrilho
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