sábado, 26 de maio de 2012

MICHELA MARZANA ANALISA A VIOLÊNCIA

Michela Marzano dirigiu o Dicionário da Violência e é uma especialista de renome neste tema tão actual e polémico:
" Eu estou convencida que o homem não é nem bom nem mau. Tudo é relativo à época às circunstâncias , ao enquadramento social e económico. 
Todos nós , somos capazes do melhor e do pior. Nada é imutável. Durante muito tempo , pensou-se que a compaixão era inata. A psicanálise ensinou-nos que não o era. A cultura, por exemplo, não está relacionada com a barbárie. O exemplo de nazismo , que surgiu numa das culturas mais apuradas , bem o mostrou. A educação e a cultura  , são necessárias, mas não bastam. Hannah Arendt falou-nos da banalidade do mal nesse sentido. Ser consciente é um  primeiro passo , sensibilizar os jovens para esta questão , poderia ser, evitar de conhecer mais uma vez o pior. 
Nós somos seres sujeitos a pulsões : não se trata de diabolizar a violência, pois ela existe dentro de nós , mas evitar que se exponha e nos exponha .Ela é profundamente humana e não pode ser extinta. Temos que viver com ela , mas conhecê-la para a limitar. Pouco importa o que está na sua origem . O bem ou o mal. 
Há questões que ficam sem resposta e esta é uma delas.

Nós pensamos que, antes de mais nada, devia haver pudor ( vergonha ) em demonstrar violência.
Todos a temos, mas a educação devia de todos os modos , evitar que ela aparecesse.
Gritos.
Ameaças.
Bofetadas.
Gargalhadas irónicas.
Tudo  isso  devia ser impedido de se manifestar.
 - O que é a educar ?
- É  o acto de ajudar a desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais nos outros. Cortesia.
Então ?
O exemplo pode e deve servir para aniquilar esse terrível sentimento à nascença.
Há casa onde ela domina. Outras em que não parece existir.


-  Porquê ?
Um tema a reflectir dada a sua terrível actualidade.
Confessamos :
A violência e todas as suas manifestações assustam-nos.

Sabe-se como começa. Nunca se sabe até onde pode ir. 
Por favor.
Quando vos apetecer gritar pensem :
- Quais são os limites deste sentimento ?
- Posso ou não posso controlar-me ?
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