segunda-feira, 5 de março de 2012

"NUMA MULHER NÃO SE BATE NEM COM UMA FLOR"

   "  Numa mulher não se bate nem com uma flor "

Todos conhecemos este ditado mas  também, todos sabemos que  não é verdadeiro.
Pois não. 
A violência está na ordem do dia e , cada vez , são conhecidos mais casos de violência doméstica.
Agora a causa é a crise.
Pois será. 
"  Casa em que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão."


É isto o que se vê.
Pois é.
E o aumento dos casos revelados sobe, sobe pois elas agora  já não se calam.
    E fazem bem !
    Pois fazem! 


O que vamos contar-vos é incrível.
Absolutamente de espantar.
 No livro que estamos a ler, Joana , a Louca , de Linda Carline,  a que temos feito amplas referências, vem algo que nos espantou.
E muito.
A jovem Joana, filha querida dos Reis Católicos , mulher de Filipe , o Belo, mãe de Carlos V , a mulher a nível planetário , com maior poder na época , pois era figura  fundamental  para a consolidação da dinastia dos Habsburgos era frequentemente esbofeteada pelo seu real e lindo esposo.
Estávamos  no século XVI mas , mesmo nessa altura essa era considerada  uma conduta invulgar.
Ela calava-se.
Não o denunciava.
Chorava.
Espantada ,chorava.

Pois hoje, num jornal diário, lemos que , durante anos e anos  uma economista foi agredida com o cinto pelo marido( como se fosse um chicote ) até que os filhos fizeram a denúncia.
Estamos no século XXI.
Porque se calam ?
( Este é um tema que nos é especialmente querido pois não conseguimos aceitar que nos tempos actuais ainda haja quem necessite de se impor utilizando a força física .
E como há quem se submeta humildemente.
Bater nunca.
Nunca.
E muito menos nos nossos filhos )  

2 comentários:

Anónimo disse...

Estou visitando o seu blogue e gosto imenso do seu conteúdo. Para quê comentar ? Só psso dizer que é tudo pertinente... Bater numa mnulher, nem sequer com uma flor, nem gritar quanto mais bater! Até quarta. Gigi

Anónimo disse...

Quando uma mulher se deixa bater durante anos, duas coisas podem ser: ou é tontinha ( o que parece não ser o caso) ou é masoquista e terá que se tratar. Serem os filhos a dar um passo que há mulher pertence, é um pouco estranho pelo menos para mim. Sou pacifica, mas se algum homem me levantasse a mão, era só uma vez, porque á segunda eu, não estava lá. Tira-me do sério estes assuntos. Linda