Daquela época em que todos os sonhos eram possíveis e de hoje ( ainda ). De hoje e , talvez , de sempre.
Chico tinha 21 anos , recém saído do Colégio de Santa Cruz , em São Paulo , quando foi convidado para compor a música para a Morte e Vida Seferina, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto.
O convite foi feito pelo psicólogo Roberto Freire , após ter ouvido a canção Pedro Pedreiro - que , com Sonho de um Carnaval , recheava o primeiro disco , lançado por Chico Buarque . Um compacto simples.
Não era tarefa imples.Não !
Os versos de João Cabral são duma concisão extrema e fogem totalmente aos padrões habituais de cadência e rima.
Tais obstáculos não impediram que Chico realizasse um transposição primorosa do poema para os palcos.
Foi o delírio .
Lá
E
Cá.
Esquecer essa assombrosa peça de teatro ?
Hoje
Agora
Está aqui, connosco.
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