Queiramos ou não , as nossas recordações acompanham-nos durante a vida . Umas alegres ,outras tristes elas não nos largam e marcam as nossas condutas.
Hoje , os netos estão connosco. Os quatro. O corredor da nossa casa tem 14 metros que eles percorrem correndo, levando atrás de si os tapetes persas que nós actualmente não compraríamos.
Neste momento , a Marta- 8 anos - acaba de nos pedir autorização para calçar os nossos sapatos e usar uma das nossas carteiras.
- A avó permite ?
- Claro, minha querida.
Depois deixas tudo arrumado.Sim ?
- Ok, vózinha. Ok !
Aqui , connosco, está um passado lindo, inesquecível que faz com que sejamos a avó compreensiva e disponível que eles adoram.
Tivemos a sorte de pertencer a uma família onde a palavra de ordem era o amor. A ternura. O respeito pela liberdade das crianças.Também éramos quatro netos que descobriram o mundo com a companhia duma avó ímpar. Não conhecemos outra que, como ela soubesse encontrar a palavra certa no momento certo. Que nunca se zangasse pois não necessitava de o fazer pois o respeito impunha-se naturalmente.Que era nossa cúmplice a 100%.
Uma avó poderosa cujo domínio sobre o seu clã era indiscutível . Sem alterar o tom de voz , as suas sugestões eram ordens às quais ninguém se atrevia a desobedecer.E , ainda por cima , a nossa avó cheirava a rosas.
A casa. O jardim....
A nossa infância ficou impregnada do maravilhoso perfume que nós desejamos que acompanhe igualmente os nossos netos .
1 comentário:
EU CALÇAVA OS SAPATOS DE MINHA MÃE, MAS NÃO PEDIA. UM DIA PARTI O SALTO, E QUANDO CHEGOU, LEVEI UM AÇOITE. DEIXEI DE CALÇAR SAPATOS, E COMECEI A USAR, OS CARRINHOS DE LINHAS, DAVA CABO DAS LINHAS TODOS PARA SEGURAR AOS PÉS E PERNAS. FUI DESCOBERTA, E ACABOU-SE OS SALTOS ALTOS. LINDA
Enviar um comentário