Porque as observei tão atentamente? Por serem jovens, bonitas e iguais?
Sim, mas não só.
Fiquei parada a olhá-las porque ambas se deslocavam em cadeiras de rodas. As cadeiras também eram absolutamente iguais. Diferentes das que habitualmente vimos. Tinham rodas grossas, enormes. Eram
umas cadeiras sólidas, pesadas, que não tremeram a subir o passeio e que elas manejavam com mão firme.
Tão estranho!
Fiquei a pensar e, estou convencida que acertei. Claro. Tudo indica que são atletas. Não só o seu ar desenvolto como a solidez das suas cadeiras. Maravilha! Que encontro fantástico!
E, recordei, os jogos paraolímpicos de Pequim e a extraordinária participação dos nossos atletas.
Como me senti orgulhosa ao vê-los em tão diferentes modalidades! Os primeiros jogos paraolímpicos realizaram-se em 1960 em Roma e a partir daí cada vez têm tido maior incremento. A importância deste evento vai muito para além do que se pode imaginar. Não só pelo empenho dos participantes, pela sua alegria de viver e pelo orgulho que sentimos ao vê-los receber as suas medalhas.Sob o ponto de vista da competividade, o desporto para portadores de deficiência ainda tem a função de consciencializar a população para a urgência duma política de apoio, cada vez, mais atenta.
Com eles estão as nossas maiores esperanças.
Felicidades, minhas amigas desconhecidas.
Muitas felicidades.
Gostei de as conhecer.
1 comentário:
Que todos os Presidentes de Câmara que sairem das próximas eleições cumpram com as medidas necessárias para tornarem o nosso país "friendly" para com todas as pessoas com características especiais.
Não falo só de acessibildades, falo de uma política de cidadania que promova o desporto, o apoio social, o respeito dos demais.
O seu apontameno , Constança, mostra bem como podem ser felizes as pessoas independentemente das suas características físicas, se devidamente enquadradas e motivadas.
Gostei imenso de ler!:)
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