quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Duas Avós do sec.XXI


Encontraram-se na Maggy, no Campo Pequeno. Uma vinha do Palácio Galveias onde tinha ido buscar livros à óptima Biblioteca Municipal aí existente.
A outra, vinha do Holmes Place, onde tinha feito Pilates e para lá se dirigia.
Festa! Óptima! Como está bonita! Há tanto tempo! Pelo menos dois anos que não nos encontrávamos! Tanto! tanto tempo! Agora só nos falamos pela net (risos). Como gosto de a ver!
Já li " As mulheres do meu Pai" do Agualusa que me indicou. Gostei.
E, eu de cada vez que lá vou trago cinco que devoro. Psicologia, sociologia, história, economia.
Vim agora de uma viagem com o meu marido que me fez renascer. Adorei! E as nossas netas! Como estão lindas! E crescidas.
Falaram. Falaram. Duas mulheres bonitas. Elegantes. Actualizadas. De bem com a vida. Despediram-se e lá foram elas ligeiras e seguras cada uma a caminho do seu destino. Uma ainda trabalha, dá cursos de formação bancária embora, há anos que esteja reformada. A outra, bastante mais velha tem o tempo todo ocupado nos seus múltiplos interesses.
Ambas já viveram muito. Alegrias e tristezas. Risos e lágrimas. Tudo ultrapassaram. A amizade ficou. Os valores são iguais. Estão vivas. Actuais. Participativas.
São avós do seculo XXI.      
                      Ah! É verdade.
                      Uma ainda não tem 70 anos, mas a outra vai a caminho dos 76.
                      Jovens. Claro!

1 comentário:

Moi-même disse...

Que bela narrativa!
Lembro-me das histórias de avozinhas corcundas, lenço na cabeça (tipo avozinha da história do Capuchinho Vermelho...). Embora pareça estranho, há actualíssimas histórias infantis que utilizam AINDA esse "arquétipo"! Não nos conhecem! A idade intelectual está, mesmo, na cabeça de cada um. Nós podemos prová-lo e aquela amiga que encontrou no Colombo, também!