domingo, 26 de fevereiro de 2012

CORRESPONDENTE DE GUERRA MORTA NA SÍRIA

Marie Colvin , a famosa jornalista americana , veterana em relatos de guerra foi morta num bombardeamento na Síria.

Num texto  de 2010 , no qual homenageava jornalistas mortos em conflito , ela escreveu : A nossa missão é relatar o horror com rigor e sem preconceitos ."
A sua missão foi assumida plenamente. A jornalista do Sunday Times  que morreu na quarta-feira num bombardeamento em Homs , na Síria, ficará como uma referência da importância do jornalismo de guerra.
Esta americana de 56 anos a que vivia há muito em Londres  , tinha mais de 30 anos de experiência .  De conflito em conflito , ela procurava relatar a verdadeira realidade para que ninguém pudesse dizer : Eu não sabia .

Cada vez o papel das mulheres nos conflitos transmitidos em tempo real é habitual. É o caso  das britânicas Kate Adie e Alex Crawford , da irlandesa Orla Guerin, da americana  Sara Sidner , da libanesa Zeina Kohdr , da argentina  Karen Maron, da italiana  Giuliana Sgrena  ou  das portuguesas  Cândida Pinto e Márcia Rodrigues . 
Marie  Colvin  era conhecida por ser uma jornalista rigorosa , que fazia questão de ser uma testemunha fidedigna  mas apaixonada do que via    nunca esquecendo as " vítimas da violência " .
Num dos seus últimos artigos  chamava a atenção do mundo para " imensa tragédia humana na cidade de Homs " .
A Síria ?
Quando terminará tanta violência?
Porque não há uma ajuda internacional que ponha fim a tantas mortes inocentes ?
Pensando na coragem de Marie  dizemos:
  A ajuda que pede é difícil. Os EUA e a Rússia estão em ano de eleições. A ONU tenta. Os outros hesitam...................
  Tantos interesses em jogo!
   Mas talvez agora esteja a surgir uma possibilidade que já não verá.
   Nós não esquecemos que foi uma das últimas jornalistas a sair de Timor Leste tendo antes feito pressão para os representantes da ONU  não abandonarem os timorenses  à sua sorte.
Sem os artigos de Marie Colvin  a ONU teria saído mais cedo  e protegido menos refugiados que ocorriam às suas instalações , fugidos aos indonésios.
Esquecê-la ?
Nós que seguimos com espanto a sua carreira   aqui deixamos a nossa gratidão  e umas palavras de reflexão :
Jornalismo de guerra é  uma missão que  tem um papel primordial no mundo de hoje. 
Se sabemos o que se está a passar no teatro das operações é porque há heróis que dão a sua vida para que o saibamos.
Esta é , quanto a nós, das incumbências de maior responsabilidade do mundo actual. Deve merecer o nosso respeito.
Não esqueceremos Marie Colvin 

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