Um dos nossos netos apresenta a fobia aos animais. Reage negativamente à presença , até dos pombos. Este é um medo muito comum. Evidentemente , o problema ,embora não apresente gravidade , necessita de ser resolvido. Ter medo duma serpente é diferente de apresentar receio perante um pombo.
Freud , referia que , por detrás duma fobia , há sempre , um conflito inconsciente recalcado, que é preciso descobrir de modo a ultrapassar o medo.Nós, também tivemos os nossos medos.
Se tivemos !
Das alturas. Do escuro.Mas , o que mais intensamente nos marcou foi
O medo da madrasta.
Os livros que líamos, desenvolviam esse sentimento e o ambiente em casa,de insegurança permanente, proporcionava esse receio.
- E , se um dia , eu tiver madrasta ?Má, como a da Branca de Neve ?
O que será de mim ?
Esse medo ficou e , talvez daí , venha a desconfiança em relação a quem toma o lugar da mãe.
"Madrasta, o nome lhe basta ".
Ainda hoje é com desconfiança que encaramos esse papel. Sabemos que há madrastas exemplares . Até melhores que muitas mães.
Claro que sabemos.
Mas absurdamente, continuamos a pensar.
Se fosse necessário , escolher, entre uma má mãe e uma boa madrasta , quem escolheríamos ?
Sabem qual é a resposta ?
Não sabem ?
Mãe é mãe.
1 comentário:
Os contos dos livros nunca me assustaram, o que me assustava era as conversas que ouvia e o estar muito só. Mãe é mãe, mas eu pequena já pensava duas vezes. Para mim, uma das coisas que a criança quer é paz, harmonia e amor. O meu Ismael quando vem a minha casa, senta-se a meu lado, coloca a cabeça no meu peito, abraça-me a cintura e fica quietinho. A mãe grita demais e eu sinto-me impotente por não poder fazer nada. Linda
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