Fixem a letra da canção :
Que parva que eu sou !
Sou da geração sem remuneração e não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou !
Porque isto está mal e vai continuar, já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou !
E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração casinha dos pais, se já tenho tudo, porquê querer mais ?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para se ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração vou queixar-me para quê? Há alguém bem pior na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração "eu já não posso mais" que esta situação dura há tempo demais
E parva eu não sou!
E fico a pensar , que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar
2 comentários:
Eles têm razão. São uma geração com a vida complicada pelas dificuldades de emprego. Mas, não há dúvida que os estágios que se eternizam permitem a empresas viver desta mão-de-obra.
Aqui há que distinguir entre quem proporciona um estágio, que é uma benção, porque ensina o que sabe ao futuro colega - e aqui fica a minha imensa gratidão ao meu querido patrono de estágio, cujos ensinamentos ainda sigo - das empresas que vivem de mão-de-obra estagiária, gratuita ou pelo preço do SMN. Os estagiários esfalfam-se para ficar com o emprego. Mas o jogo está à partida viciado, porque quando eles acabarem o estágio, chegaram novos estagiários.
Claro que enquanto existir quem se proponha trabalhar nestas circunstâncias, haverá quem se aproveite.
Nestes casos os pais dos estagiários pagam alimentação, transportes, roupa, assim co-financiando as ditas empresas.
Inesplicavelmente, este é um problema da geração dos licenciados. Porque, que seja do meu conhecimento, não existem canalizadores estagiários ou empregadas domésticas estagiárias, dispostas a trabalhar em troca de uma retribuição simbólica.
Agora que li a letra e que estou a 100% com os cantores e autores. Fico contente pelo que a mesma representa. Espero que como disse acima a C.Social a passe até ser conhecida do publico. Porque a maior parte das letras que se ouvem, são de uma estupidez a toda a prova. Uma falta de gosto e de sensibilidade. Letras sem pés nem cabeça. A C.Televisiva não é melhor, e lá se vê:elas a abanar as ancas semi nuas e de conteúdo duvidoso. Eles também a rimar pão com coração, e assim caminha a nossa educação musical. Poemas com conteúdo, não interessa o que interessa é estar ceguinho. Só depois de ser muito tempo parva lá se acorda e se diz: PARVA EU NÃO SOU! Mas, é preciso acordar e há quem demore tempo demais e, quando acorda está morto. Linda
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