É um ano que está entre dois signos violentos: o Tigre e o Dragão. Calma é tudo o que os dirigentes chineses querem nesta altura em que ventos de mudança sopram intempestivamente. Por isso as palavras Egipto e Cairo têm estado o mais possível arredadas dos noticiários.
O regime chinês tem tentado evitar que imagens de multidões e tanques nas ruas sejam difundidas. Ora, sendo o Coelho um animal macio , suave e pouco violento ( e sendo os chineses incrivelmente supersticiosos) é natural que esperem que nos próximos 12 meses não haja demasiada contestação.
Num artigo intitulado De Tahir a Tiananmen- ,da praça das manifestações do Cairo à praça das manifestações de Pequim - a Foreign Policy escrevia também que, se os chineses temem o seu regime e o seu intimidante aparato de segurança , também é verdade, que o regime teme o seu povo " Apesar da China não estar , nem por sombras, perto duma revolução popular à escala a que assistimos no Médio Oriente, os seus líderes estão, mesmo assim, muito nervosos ."
E com a velocidade a que tudo se passa actualmente ,têm toda a razão para esse nervosismo.
A sua vez vai chegar.
Não tenham a menor dúvida.
É UMA QUESTÃO DE TEMPO.
1 comentário:
Também sou da mesma opinião, que se cuidem e deixem de dizer uma coisa e serem outra. Bem sei que aquilo é tudo aos milhões, é difícil, mas para que não se revoltem é necessário que o povo veja boa vontade em mudar. De outra maneira não se vão ver livres de revoltas. Assim como a natureza se está a movimentar o ser humano também não fica parado. É o mundo a gritar por novas e justas sociedades. Linda
Enviar um comentário