Na revista do semanário Expresso de sábado passado vem uma longa entrevista de Daniel Sampaio que despertou o nosso interesse.
Sabemos que esta noite o nosso amigo psiquiatra estará no programa da RTP1 " Prós e Contras "e não resistimos a reflectir acerca do seu pensamento nas relações , igualmente afectivas, mas de outro tipo.
Entre casais.
É dito que há 30 anos ajuda casais a resolver os seus conflitos e a sua experiência levou-o a escrever um livro que será lançado no fim do mês.
Título ?
" Labirinto de lágrimas "
Título angustiante - pensamos nós....
A indiferença!
A grande inimiga do amor!
E do casamento !
"- Uma pessoa pode estar sozinha dentro duma relação ?"
"- Sim, sobretudo se adopta padrões destrutivos de comunicação ...."
"- Comunicamos mal ou nem comunicamos ?"
" - O conflito é inevitável entre duas pessoas que passam muito tempo juntas, o que importa é saber sair da situação. Alguns casais conseguem ultrapassar o conflito porque têm um reservatório de bons momentos , de relações positivas anteriores. Têm uma espécie de bóia."
A entrevista foi realizada por Christiana Martins.
Se tivessemos sido nós teríamos perguntado o que acontece quando nem sequer a tal bóia existe...
O que sucede quando não há possibilidade de diálogo porque as pessoas em questão não têm nada para falar. Nada para discutir. Nada que as aproxime ...
Quando já nem há possibilidade de pedir ajuda às tais lágrimas...
O seu tempo ( o das lágrimas ) acabou.
A entrevistadora fez uma pergunta pertinente, quase no fim da entrevista :
- " Porque deu um título tão duro ao livro
"Labirinto das mágoas ?"
Sampaio responde .
"Todas as relações prolongadas têm mágoas, mas o grande problema é o labirinto. É as pessoas ficarem presas nele.
O objectivo do livro é justamente mostrar que o importante é sair das mágoas , mesmo que seja para o divórcio "
Livro para ler.
Pensar.
Reflectir.
O divórcio como solução ?
Christiana ainda perguntou :
- Como terapeuta familiar, quando pensa que tem sucesso : quando o casal fica junto ou quando se separa ?
Resposta :
- As duas situações podem representar êxito. O papel do terapeuta não é decidir , é tirar a pessoa do labirinto , criar alternativas ....
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1 comentário:
Este é um problema em que não poço dar a vivência como exemplo. Mas poço dizer que desde muito nova dava por conselho aos amigos/as que era melhor uma zanga que o silêncio. Os homens remetem-se muito ao silêncio, é preciso rompe-lo. Linda
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