segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Nós e a crise

Nos últimos 10 minutos recebemos duas mensagens do Público.  A primeira noticiava que o BE acabava de avançar com a iniciativa de pôr uma moção de censura ao Governo. A segunda anunciava decisão idêntica  do PCP.
O que pretendem ?
- Direito ao trabalho
Defesa da Constuituição  e das pensões.
- Os propósitos dos dois partidos são justos ?
- Claro que são.
Tudo bem.
Entretanto , continua por todo o país , a condenação veemente dos malandros que defendem o tal modelo sem alma para restaurar a confiança dos investidores e a consequente salvação nacional.
O modelo neo liberal , adoptado pela Alemanha e pelos insensíveis países da direita , seus vassalos incondicionais.
Os malandros , como todos sabem, são :




 Aqui estão eles.

Os principais.
Os maiores responsáveis pela degradação do país.
Os criminosos sem coração.

Há , neste país de sábios alguém que, timidamente , os defenda?
Que diga que , talvez não sejam tão cruéis como parecem e que , ao contrário, o famigerado modelo que continuam a defender  é o indicado e,  daqui a algum tempo, salvaria Portugal ?

Hoje, finalmente , apareceu um artigo de João César das Neves que talvez levante alguma  reflexão nos que, desde o início desta governação têm lutado para a destruir.


Morte ao Coelho.
Morte.
O artigo tem por título
Os benefícios da crise.
E merece ser lido com muita atenção
Muita atenção.
Vamos só transcrever o  último parágrafo:
" O Estado  teve de recuar da posição de mamã, obsessivo e omnipresente , para as funções de legislador , regulador, governo. Pessoas e empresas percebem que não vale nada pedir ajuda às autoridades , ainda mais aflitas do que elas. A todos os níveis perde-se a atitude parasitária e de pedincha.........
É difícil mudar hábitos de 17 anos . Os protestos são o último estertor da antiga mentalidade . Muitos sentem-se mesmo indignados por o EStado tirar o que nunca pôde pagar ........."

Se nos perguntarem se concordámos com a análise do Professor Marcelo, ontem na TV, claro que concordamos.
Com as palavras de apelo de Luís Filipe Menezes , esta manhâ, na Antena 1.
Claro que concordamos.
Com a tal ideia de Robin dos Bosques ao contrário.
Dizemos que ,à priori , achamos que  a medida era louca, injusta e estúpida.

Mas, temos uma característica na nossa personalidadeque nos obriga sempre a tentar perceber o outro lado da questão.
Por temperamento, formação e valores não condenamos sem perceber.
Assim , há algumas pessoas que gostaríamos de ouvir a respeito da conduta deste Governo.



São mentalidades fascistas?
Pensamos que ninguém o dirá .
É possível que haja erro, mas recordamos que não há muito tempo ouvimos o Governador do Banco de Portugal,referir a necessidade de baixar os salários.
Se concordamos com a ideia ?
De modo nenhum, pois pensamos como o senhor mais rico de Portugal que, com 500 euros ,não há entusiasmo para trabalhar.
E mais 
Não há possibilidade de viver.

Estas nossas reflexões dominam-nos  porque, olhando em nosso redor, só vimos :

Demagogia
Raiva 
Inveja
Insensatez.
Irresponsabilidade.

" Que se lixe o FMI "

Não os conhecemos. 
São-nos indiferentes. 
Até nem são pessoas da nossa simpatia.

Mas, aqui deixamos a nossa pergunta :
Se não for o FMI a nos emprestar os tais milhões ( e são tantos!!!! ) que em breve necessitamos a quem vamos recorrer ?

Talvez tenham uma resposta.
Nós não temos.
A Espanha não tem 
A Grécia....
A Itália.
Os países devedores só contam com esse odioso 
FMI !

Mandar lixar é fácil.
Mas nós , que estamos lixados ,completamente lixados, a quem vamos recorrer ?
Parece que o BE sabe.
Então que o diga.
E depressa .
Pois não há tempo a perder

1 comentário:

Anónimo disse...

Não vou a tanto de lhes chamar assassinos, mas que eu tenho vergonha de ser governada por uma Troika, não me conformo que o meu governo não tenha esse brio, isso repito, tenho vergonha. O sr. Borges que diz os disparates que diz e que sugere que os ordenados que são os mais baixos da Europa que devem baixar ainda mais, quando ele ganha milhares o que se lhe ha-de chamar ou fazer? Estou a esgotar a paciência, e sinto a mesma revolta que sentia no tempo de Salazar. Mas afinal saímos do jugo de Espanha e estamos com outro jugo? Para mim é demais. Linda