Vimos, já não nos recordamos onde , referência a este livro e à sua autora , Susana Morais e o assunto motivou-nos.
Sabemos que aborda um tema extremamente difícil de ser tratado
O da morte.
A autora, andou pelo norte do país, num trabalho de pesquisa ,na tentativa de compreender como o fim da vida é encarado por aquelas paragens.
O que viu e registou , faz-nos pensar .
Reflectir sobre o que é a sabedoria popular.
Ela ouviu confissões tímidas e sentidas de muitos que aguardam ,com aparente tranquilidade, a morte.
Conta-nos que leu esta frase na soleira duma porta por onde entrou :
Meu Deus
Dai-me a serenidade
para aceitar as coisas
que não posso mudar
A coragem para mudar
aquilo que sou capaz
E a sabedoria para ver
a diferença.
Quanta sabedoria é necessária para assimilar estas palavras e como elas podem ser um lema de vida !
Aceitar aquilo que não se pode mudar.
Não será que é o que fazemos ,ou deveríamos fazer, nas nossas vidas ?
Aceitar o que não se pode mudar e lutar para mudar aquilo que é possível mudar?
Parece fácil mas é terrivelmente complicado interiorizar este pensamento.
Contudo, nestes muitos anos de vida que já temos , acreditamos que , talvez, tenhamos frequentemente essa sábia atitude.
Aceitar o que não se pode mudar.
Reagir pelo que pensamos que é passivo de alterar.
Uma filosofia de vida ?
Talvez.
Se o povo simples do norte do nosso país procura seguir este princípio , porque não nós ?
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