segunda-feira, 29 de março de 2010

CELEBRAR O TEATRO ? SEMPRE


Ontem o programa Câmara Clara foi dedicado ao teatro, cujo dia se celebrou no sábado. Como sempre gostei, embora não o tivesse visto até ao fim. Carmen Dolores referiu nomes inesqueciveis. Óptimas peças. Companhias. Histórias muito interessantes. Palmira Bastos. Amélia Rey Colaço. Mariana. Glícinia Quartim. Rogério Paulo. Nomes que ia recordando ao sabor da sua memória. Vi-os muitas vezes. Quem não os viu? Bom teatro! Grandes noites! As estreias! Salvas de palmas intermináveis... Todos ao palco.
Ainda uma vez. Não apetecia vir embora. Não faltávamos. Nunca. Mas o nosso dramaturgo preferido, era Bernardo Santareno. Sem dúvida. As peças que mais emocionadamente recordo: A Promessa (1957). O Judeu (1966). O Crime da Aldeia Velha (1959) António Marinheiro / o Édipo de Alfama (1960). Temas, incrivelmente actuais (homossexualidade, celibato dos padres... ).
Sabe bem recordar! E pergunto: Será que Bernardo Santareno (além de dramaturgo, médico/psiquitra) está esquecido?
Ontem, ao ouvir Jacinto Lucas Pires falar do que era para ele escrever teatro pensei  em Santareno, (que morreu tão jovem)! Santareno, das noites do Monumental. Santareno que nos dava o que nós estávamos sedentos de receber.... "Também tu, Padre?" Dito por Dalila Rocha no final de A Promessa.
Teatro sério. Arrebatador. Violento!
Ainda e sempre bom teatro.

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