-Ninguém. Penso que ninguém. Vista ao longe, quando chegamos de barco é de cortar a respiração.
Senti-o há 44 anos quando regressámos de Moçambique. Linda. Linda. Não esperava e fiquei sem
fôlego. Apoiada no rio. Altiva. Soberba. Não esquecerei nunca o deslumbramento que, então, senti. E
perdura. Mal tratada. Mal amada. Lá vai resistindo Sempre bela e poderosa.
Na obra "Bairro Alto- Chiado: Efeitos do meio e desenvolvimento sustentável de um bairro cultural"
está bem patente que "muito por causa do peso e da importância que as actividades culturais aqui têm,
esta zona tem conseguido manter o seu dinamismo ao longo da história e tem apresentado uma capacidade de renovação assinalável". Para tal releva" a grande diversidade de utilizadores e frequentadores deste bairro, onde convivem o antigo e o novo, o clássico e o pós moderno e onde todas as formas de expressão cultural e de criatividade são bem vindas".
Mas essa diversidade não deixa de ser problemática, como revelaram os inquéritos e entrevistas de Pedro Costa a mais de 150 agentes culturais ou da restauração instalados no Bairro Alto e no Chiado.
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