domingo, 8 de novembro de 2009

Carmen Miranda


Nasceu em Marco de Canaveses em 1909. Morreu em Beverly Hills em 1955.
Apesar de ter vivido toda a sua vida no Brasil e nos E.U.A. nunca se naturalizou. É, portanto uma mulher portuguesa. Trabalhou e brilhou, na rádio, teatro, cinema, televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos E.U.
Foi precursora do Tropicalismo, movimento cultural brasileiro que se espalhou a partir do grande êxito que foi "Pra você gostar de mim". Do Brasil partiu para América onde alcançou extrordinário sucesso.  Em Julho de 1940, cheia de saudades, regressa ao Brasil tendo resistido a uma corrente que a considerava americanizada. Ultrapassada a situação as suas actuações são, cada vez mais, delirantemente aplaudidas:
-Alô...Alô?
-Cachorro Vira-Lata
-Cai-Cai
-Como vai você ?
-Chica-Chica-Bum-Chic
-Eu dei
-Me dá, me dá
-O QUE É QUE A BAIANA TEM?
-"TAÍ"
A vida de Carmen decorre entre os E.U. (onde chegou a permanecer durante 14 anos) e o Brasil. Em 1954 esteve em recuperação encerrada  durante 4 meses no Copacabana Palace... barbitúricos, álcool... vida sentimental complicada... Voltou à América ligeiramente recuperada. Começou logo a  trabalhar num programa televisivo de Jimmy Durante. Durante um número de dança, teve um ligeiro desmaio. Nessa noite recebeu os seus amigos na sua casa de Beverly Hills. Bebeu. Cantou. Dançou...
Na manhã do dia seguinte foi encontrada morta. Um ataque cardíaco fulminante. (Tinha um espelho na mão!)...Morte trágica sentida pelo Brasil como jamais se vira...
Em 12 de Agôsto de 1955 o seu corpo embalsamado voltou ao Brasil. O cortejo fúnebre foi acompanhado por meio milhão de pessoas que cantava em surdina o seu maior sucesso "TAI".
Sabem? Recordo-me perfeitamente  desta época. Dos filmes, sambas, marchas... Do seu Tico. Tico do Fubá que toda a gente cantava.
Aqui está uma mulher que enfeitando-se até ao exagero enfeitou também as nossas vidas.
Recordá-la foi bom!

1 comentário:

Moi-même disse...

Mulher, muito à frente do seu tempo!
E muito bem descrito. A expressão "enfeitou também as nossas vidas" diz tudo!