Florence nasceu a 19 de Fevereiro de 1901, em Londres,mas passou a infância em King`s Lynn, em Norfolk. Alistou-se na Força Aérea Feminina britânica , criada para libertar os homens para o combate , em 1918, dois meses antes do armistício. Nesse período e até Julho de 1919 serviu como criada na messe dos oficiais onde conheceu gente muito interessante, segundo relatou há dois anos numa entrevista à BBC.
Apesar de nunca ter estado na Frente era considerada veterana e era a última sobrevivente conhecida.
A II Guerra Mundial , muito dura para os britânicos , apanhou Florence a tentar criar três filhos e a trabalhar num hotel, enquanto o marido combatia. Walter , com quem se casou aos 19 anos ,veterano das duas guerras , morreu em 1975, com 82 anos.
Vida de luta e de coragem.
-" Passou por muitas mudanças e não gostava de alardear o facto de ter sido veterana . No entanto orgulhava-se do seu passado e nós orgulhamo-nos dela ". Disse a filha June numa entrevista ao jornal DailyPress.
Florence morreu no sábado , num lar em King`s Lynn, a cidade onde passou parte da sua vida. Deixa três filhos de 90, 85 e 76 anos, quatro netos e sete bisnetos.
Veterana da Grande Guerra ( 1914 -18 ), guardando até ao fim da sua vida memórias duma Europa em convulsão e que ainda não conseguiu encontrar a sonhada união.
O terror da Grande Guerra e as suas terríveis consequências que em grande parte originaram a Segunda!
E agora ?
Que pensaria Florence do futuro deste velho continente de que ela conhecia bem as marcas do sofrimento?
Das trincheiras aos terríveis bombardeamentos
Alguém que foi testemunha da História.
Duma História , cujos episódios devem ser sempre lembrados porque os velhos ódios estão a renascer ...
( A bandeira alemã a ser queimada na Praça Sintagma , na Grécia é um sério aviso que deve alertar-nos para algo de dramático e difícil de imaginar mas não impossível).
Ultimamente O tratado de Versalhes e as suas consequência têm sido uma constante no nosso pensamento.
Fácil de perceber.
Não será ?
1 comentário:
Há mulheres fortes de corpo e de alma. Llorence Green, foi uma dessas mulheres, que nos dá vontade de ser igual, não envergonha a classe feminina. Linda
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