O ABORTO. AINDA? SEMPRE!

Em 2009, houve 2.391 adolescentes a abortar, sendo que 127 tinham menos de 15 anos. E, ao contrário do que se possa pensar, "as adolescentes não têm maior sofrimento que as adultas, nem maior conflito na decisão de abortar". A psicóloga  Sara Sereno chegou a essa conclusão , na tese de mestrado "Interrupção voluntária da gravidez: ajustamento psicológico no processo de decisão." E dá um exemplo de uma menina de 12 anos - a mais nova que lhe apareceu no serviço - que engravidou numa primeira relação "Abortar, para ela , não foi traumatizante; ela não se imaginava mãe e o namorado nem sequer soube da gravidez".A psicóloga Anabela Pedrosa ,que integra a Unidade  de Intervenção Psicológica dos Hospitais  da Universidade de Coimbra, evidência a existência  de "uma associação clara entre o nível socioeconómico e a decisão de abortar" " Quanto mais elevado for , maior a probabilidade da gravidez da adolescente não prossiga por escolha da jovem".

Continua a dominar a ignorância na prevenção , é o que refere o director da Associação para o Planeamento  da Família (APF): " A maioria das mulheres que precisa de usar contracepção, usa-a efectivamente ( mais de 87% e a maioria usa contracepção moderna , como a pílula.  Mas isto quer dizer  que cerca de 13% tem falhas frequentes. ) No dia a dia Duarte Vilar constata muita ignorância sobre a prevenção da gravidez.

Sinto-me triste com estes dados  recentes - 2010-.!!! Já era tempo de, as nossas adolescentes, se consciencializarem dos seus actos. Prevenir. Sempre. E , igualmente fico espantada de as jovens não ficarem traumatizadas... Será?  Não estou assim tão certa. Aliás, como se pode fazer já essa apreciação?

Muita leviandade na análise. E o factor tempo? Foi referenciado?

Aliás, não há mulher ( jovem ou menos jovem) que não fique marcada por essa dramática experiência.

Assim tenho visto durante uma vida  "vivida " muito perto de jovens e dos seus problemas, por vezes, de difícil solução.

Educar. Prevenir. Ajudar. 

Sempre.