Este foi o filme cómico da minha vida. Uma admirável comédia negra que Frank Capra realizou em 1942.
Nunca mais vi um filme que tanto me tenha deslumbrado pelo seu espantoso non sense.Em principio não gosto de filmes cómicos. Ter que rir por obrigação não me entusiasma. Actores cómicos, "dos que fazem rir" também não estão abrangidos pelo meu sentido de humor. Por isso não esqueço o magistral desempenho de Gary Grant, um jovem noivo que com a sua linda noiva , vai passar a lua de mel a casa das suas queridas tias ( umas velhinhas amorosas que têm por hábito assassinar idosos, achando que estão a fazer uma obra de caridade) e aí vive as situações mais espantosas que é possível imaginar.
Porque recordo agora este filme?
Porque hoje, no Público, vinha uma notícia delirante :
"Doente operado ao braço errado no Hospital Particular de Lisboa.
Ao acordar na sala de recobro , Fernando Castro sentiu um desconforto numa parte do corpo onde nada de diferente deveria sentir. Chamou uma enfermeira , pediu para lhe retirar o lençol que o cobria e verificou que tinha o braço direito envolto em ligaduras. O esquerdo, ao qual deveria ter sido operado, estava rapado e sem vestígio de intervenção clínica. Um terrível engano ocorrido no dia 12 e cujo desfecho final parece encaminhar-se para uma sala de tribunal".
Dá para acreditar?
Em Lisboa, em 2010?
E como classificar a pergunta do chefe de equipa:
-Porque é que não disse nada?
-"Como é que eu havia de dizer alguma coisa, se tinha levado anestesia geral e estive a dormir durante três horas ?"
Então? Que dizer?
.....Um Manicómio! Vivemos num Manicómio!
Porque recordo agora este filme?
Porque hoje, no Público, vinha uma notícia delirante :
"Doente operado ao braço errado no Hospital Particular de Lisboa.
Ao acordar na sala de recobro , Fernando Castro sentiu um desconforto numa parte do corpo onde nada de diferente deveria sentir. Chamou uma enfermeira , pediu para lhe retirar o lençol que o cobria e verificou que tinha o braço direito envolto em ligaduras. O esquerdo, ao qual deveria ter sido operado, estava rapado e sem vestígio de intervenção clínica. Um terrível engano ocorrido no dia 12 e cujo desfecho final parece encaminhar-se para uma sala de tribunal".
Dá para acreditar?
Em Lisboa, em 2010?
E como classificar a pergunta do chefe de equipa:
-Porque é que não disse nada?
-"Como é que eu havia de dizer alguma coisa, se tinha levado anestesia geral e estive a dormir durante três horas ?"
Então? Que dizer?
.....Um Manicómio! Vivemos num Manicómio!
2 comentários:
Completamente indescritível!
Não querendo generalizar penso, no entanto, que vivemos num Portugal alienado! Os mais responsáveis falham no mais elementar dos deveres! Sobre outra perspectiva, é um remake do "Admirável Mundo Novo"!
Eu até me riria se não fosse trágico.E até se torna mais trágica a observação do clínico.Esse
sr.devia de ser expulso da medicina.Haver certos
enganos,enfim.Que o doente devia ter dito?Isto brada aos céus.Nem quero acreditar!Isto é surealista. Linda Linda
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