Os chilenos acabam de eleger Sebastián Piñera, um político de direita com uma agenda centrista parecida com a da coligação de esquerda que governava o país. Consumada a vitória, o adversário derrotado, Eduardo Frei, reconheceu-a rápida e elegantemente. A presidente Michelle Bachelet telefonou "Dou-lhe os parabéns esperando que o Chile possa continuar pelo caminho do progresso".
"Peço-lhe um favor" retribuiu Piñera" "Quero pedir o seu conselho e a sua ajuda porque a sua experiência de governo é muito importante." Cecília, a mulher dele entrou na conversa para dizer que,"como mulher, sinto-me orgulhosa por a senhora ter sido a presidente dos chilenos ". No dia seguinte, reuniram-se e combinaram viajar juntos em visita oficial ao México, em Fevereiro. Foram momentos emocionantes para um país como o Chile, tão radicalizado num passado ainda recente por polarizações superadas entre esquerda e direita. Ninguém mudou de lado. Bachelet continua socialista. Piñera é de direita. Frei é democrata-cristão. Todos,como se viu, estão unidos, civilizadamente unidos, para bem do país. Não esquecem os sonhos de Allende e as suas trágicas consequências. A ditadura de Pinochet e os 17 anos que durou e deixou 3195 vítimas contadas, entre mortos identificados e desaparecidos. Tanto Sofrimento!
O maior mérito da Concertacion foi ter desmontado o estado policial e, ao mesmo tempo, ter mantido a estabilidade económica.
O Chile está de parabéns.
Que exemplo para nós!
Que grande exemplo nos vem do Chile!
Que grande exemplo!
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