O convidado de Paula Moura Pinheiro, no último programa Câmara Clara, foi o arquitecto Alexandre Alves Costa que nos falou da arquitectura portuguesa. Segui, interessada, pois o tema é-me querido:
História da arquitectura em Portugal... Tive esta cadeira na Nova com dois arquitectos muito conhecidos: Portas e Taveira. Nenhum me deixou fortes recordações. Deram a Cadeira. Cumpriram.
Mas, amor, interesse, paixão não deram. Não ensinaram a amar a cidade. Foi um amor que descobri sózinha. E, para o sentir tenho de estar só. Passear sózinha, em Lisboa, é um prazer que não dispenso.
Caminhar, completamente só, em Nova Iorque é uma felicidade. Uma enorme felicidade. Vamos ver se a realizo pois o clima afectivo reinante, não o aceita. Que loucura! Na tua idade! Sózinha em N.Y !!!!
Esperem. São capazes de ter uma big surpresa....
Mas, voltando ao programa Câmara Clara, houve dois apontamentos que retive, pois têm a ver com a minha própria visão. Disse Alves Costa:-" As minhas cidades são todas as que visitei. Gosto de estar e dialogar com a história local. Ligar-me ao real. Beber os vinhos dessa terra."
Para mim também é fundamental o diálogo com a história local. Mas, as minhas cidades não são todas as que visitei. Nos nossos amores também há hierarquia, não há? As cidades que realmente amo são:
Lisboa. Sempre. Linda. Quente. Sensual. Vista do Tejo é um amor para sempre.
Nova Iorque porque sim. Não se explica porque é tão natural, tão verdadeiro que não precisa de justificação. Paris, outro amor. Já distante. Ultapassado. Mas, é sempre bom lá voltar.
Mas, os maiores : Lisboa e N.Y.
Sempre.
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