Querem ouvir uma história absolutamente verídica passada em 1989 ?
Juramos que não há exagero na narrativa.
A nossa família nesse verão gozou as suas férias a bordo dum barco grego -Cruzeiro dos sete mares- o que foi absolutamente inesquecível e aproveitou a passagem pela Grécia para ficar uma semana em Rodes , no Palace Bay, um dos melhores hotéis da ilha mas cuja localização não nos permitia outra solução para as deslocações que não fosse o táxi.
Pois digo-vos que cada viagem era um pesadelo.Trajectos aldrabados / preços exorbitantes / discussões por tudo e nada.
Um filme de terror.
Nas lojas éramos constantemente enganados. Pela frase mais inocente havia discussão. Nas
compras que fizemos fomos intrujados, no aeroporto, no regresso para Atenas tivemos de pagar, pela primeira vez em dezenas de viagens que realizámos ,excesso de peso da bagagem (o que era falso ),....Fomos procurar o álbum que guarda as fotografias dessas férias e lá está tudo o que de desagradável nos aconteceu.
Um jovem casal de engenheiros portugueses , que gozava a sua lua de mel na famosa ilha, veio procurar junto de nós protecção pois desde a sua chegada ( em que lhe foi negado o quarto pago em Lisboa ),até ao aluguer dum jipe para o passeio ao Vale das Borboletas tudo era motivo para zaragata.
É esta a recordação que guardamos da nossa estadia na ilha de Rodes/ Grécia :
Um povo que quer discutir por tudo e nada, desconfiado, agreste,desagradável.
Voltámos mais vezes a Atenas mas em circunstâncias diferentes que não proporcionaram contacto directo com os gregos.
Assim não nos espanta a sucessão de greves que ocorrem, o caos das suas contas, o facto de não se entenderem de modo nenhum.Mas este povo alguma vez se entendeu ?
Esteve unido ?
Comungou das mesmas ideias ?
Por favor :
Os que falam tanto nos " coitados dos gregos " peguem numa História e vejam como foi o seu passado:
Cidades -Estado , sempre em permanente luta, só se unindo através da língua, da tradição heróica , dos jogos olímpicos e dos deuses.
Até que fatalmente caminharam para o seu fim.
Conquistados por um povo que lhes era inferior mas que soube aproveitar a sua desunião.
Estamos sempre a repetir que o passado explica o presente e a Grécia é um exemplo flagrante dessa afirmação.
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