ERA UMA VEZ.

Há 50 anos houve uma corrente , na altura considerada muito evoluída,  que aconselhava os pais a deixarem os seus filhos bébés chorarem á vontade pois se os mimassem exageradamente eles iam habituar-se ao colo e depois a sua educação seria problemática.....

Na família a que , pelo casamento, pertencíamos essa era a norma.

- O bébé chora.

  Não se pega.

  Ele acabará por se calar.

Ora

Essa era uma atitude que nada tinha a ver connosco e que veementemente regeitámos.

Quando os nossos filhos choravam procurava-se sempre saber a causa ( pois ela existe )... eram acariciados, beijados e nunca abandonados.

- Vai estragá-los com mimos...

   Qualquer dia estão insuportáveis.

Ora

Um casal da família que adoptou essa educação draconiana e era quem mais nos criticava , com o passar dos anos teve uma surpresa.

O filho educado segundo estas normas cresceu.

Licenciou-se 

Doutourou-se

E , num determinado dia chegou junto dos pais e disse :

- Quero dizer-vos que caso no princípio do próximo mês.

- Como ?

  Casas ?

  Tu ?

   Não há tempo para nada....

Bem

Com espanto ou sem ele o casamento realizou-se no dia marcado.

 Claro que fomos e , não esquecemos a frase da irmã , dita na altura .

- Houve um espanto enorme por apenas se saber do casamento um mês antes.

 O meu será dito na véspera.

E foi.

Numa sexta-feira, a nossa amiga chegou junto dos pais e disse .

- Amanhã, à 1hora na Av. Guerra Junqueiro será o meu casamento.

  Não há convites.

Só pais e irmão e cunhada.

E , já agora a madrinha.

E foi assim.

O espanto foi grande .

Porque tomaram eles esta atitude perante os pais que tanto se tinham preocupado com a educação deles? Era  o que todos perguntavam.

A resposta está aqui. 

Eles voltaram-se para dentro deles.

Isolaram-se.

A comunicação com os pais era a absolutamente necessária.

Sabemos o nome do pediatra que determinou este tipo de educação. Era , na altura o mais afamado de Lisboa.....

Nessa altura as neuro ciências eram desconhecidas mas a sensibilidade maternal deveria ter tido mais força.

Hoje sabe-se que perante um delinquente que agride há uma criança que chora...

Continuamos a afirmar :
- Todo o amor, carinho, atenção que damos aos nossos filhos nunca é demais.
COLO ?
SEMPRE!