DANIEL BESSA " PARA GRANDES MALES "

Sabem ?
Contamos pelos dedos as análises que diariamente ouvimos e  que apreciamos . Isto é :
Os autores dessas análises.
 Quando aparece alguém ou alguma análise que realmente nos merece crédito  , aplaudimos.
Aplaudimos.
Ás vezes com espanto
Olha, cá está um que pensa como nós.....
Ora entre os que merecem a nossa atenção encontra-se Daniel Bessa
Assim
No Expresso de hoje vem um artigo seu que , embora saibamos que é duro ....merece a nossa concordãncia

Para grandes males....

"Enquanto não começarmos a reduzir o peso da dívida pública  PIB , Portugal estará pior. É obvio que a terapia passa pelo crescimento económico. Mas se o remédio for mais défice público , com a alegação de que provocará maior crescimento, não funcionará AO LONGO DE MUITOS ANOS , SOBRETUDO NOS MAIS RECENTES, O QUE MAIS SOBROU A PORTUGAL FOI DÉFICE PÚBLICO  E O QUE MAIS FALTOU FOI CRESCIMENTO ECONÓMICO. MAIS DÉFICE , ASSEMELHA-SE A MAIS MORFINA : DÓI MENOS MAS MORREMOS MAIS DEPRESSA .
POR MIM , RESPEITARIA OS 4% DE DÉFICE COM QUE NOS COMPROMETEMOS. Se não conseguimos reduzir a despesa , por falta de coragem (?????)ou porque a Constituição não permite , aumentemos a carga fiscal , por aumento da taxa normal de IVA , que é o imposto que menos compromete a competitividade da economia portuguesa . Em nome do apoio devido aos mais pobres , mantenhamos a taxa reduzida e, se necessário , aumentemos a sua base de incidência .....
Sei que o que estou a propor é mau. Mesmo muito mau. Acontece apenas que as alternativas me parecem piores , nomeadamente a de deixar subir o défice público.
Deixemo-lo subir e, na mesma hora , começaremos a queixar-nos da maldade dos mercados  com as taxas de juro a subirem ) e da Standard & Poor`s( que ameaça descer-nos o ranting )

Este artigo deve ter sido escrito há um ou dois dias e essas ameaças já se fazem ouvir.

Apenas uma nota :

Quando Daniel Bessa está a falar em falta de coragem , gostaríamos de saber quem a teria no meio das vozes que de todo o lado se fazem ouvir.....

O assunto é terrivelmente sério. Diremos mesmo dramático !

Pois lá fora já começaram a compreender que, na realidade, nos parecemos mais com a Grécia do que com a Irlanda.