Paulo Drumond Braga
Curioso e inédito estudo sobre a história da homossexualidade feminina ao longo dos tempos em Portugal, da autoria de um historiador com larga experiência editorial.
Tenciono requisitar este livro na Biblioteca que frequento .O tema é apaixonante e,infelizmente, ainda não foi convenientemente estudado em Portugal.
Safo, foi uma poetisa grega , que viveu no seculo VII AC, na cidade de Mistilene, activo centro cultural . Nascida entre 630 e 612 AC. foi muito respeitada e apreciada na Antiguidade, sendo considerada a "décima musa."
No entanto,a sua poesia , devido ao seu conteúdo erótico , sofreu censura na Idade Média por parte dos monges copistas e o que restou da sua obra foram escassos fragmentos.
Esta obra ,chega na altura certa. A homossexualidade , continua a ser incompreendida ,pela maior parte da nossa sociedade e apenas uma minoria a encara com lucidez. Porquê a diferença? Não se sabe a razão. Há diferenças que durante séculos foram escondidas e abafadas, como sendo vergonhosas mas, que sempre existiram e têm de ser assumidas com o respeito que merecem. É-se diferente porque a natureza assim o determinou mas isso não pode implicar marginalização ou falta de dignidade. Já se parou para pensar no sofrimento de quem se integra nessa minoria e não sabe como assumir o seu estatuto de "diferença "? Quanta angústia essa assunção não implica ? A História está replete de exemplos , na maioria terrivelmente dolorosos.
Ainda não li " Filhas de Safo". Mas, respeito, considero e admiro quem se debate com o terrível dilema de : esconder ou assumir.
Felizmente , os tempos são de mudança e aos movimentos de esquerda ficamos a dever o ter sido possível a iniciação duma nova mentalidade.Temas fracturantes ? Está na hora de serem encarados com o respeito que merecem as diferenças humilhantes que são estigmas de vexame.
Se , pararmos para pensar , veremos que todos tivemos ou temos na nossa família alguém diferente. Acontece. Simplesmente acontece.
Aceitação. Respeito. Absoluta consideração.
EXIGE-SE.
1 comentário:
Respeito, não marginalizo, têm todo o direito a ter uma vida digna. Mas que me faz minta confusão, lá isso faz. É como se a cabeça não pertencesse aquele corpo. Deve haver muito sofrimento em fazer a escolha. Linda
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