sábado, 26 de setembro de 2015

A CASA DA AVÒ

                                                       A CASA DA AVÓ
Tarde linda  de princípio de Outono
As janelas abertas de par em par, deixam entrar o sol que não permite que a tristeza se instale

Alongada no sofá, rodeada de jornais  a avó prepara-se para a sua sesta habitual.
A campaínha toca.
Chega a Rita,
Doce , suave .....
Menina tranquila , meiga e silenciosa


- Estava com saudades da avó
Vim vê-la.
Gostava de saber quando posso almoçar com a avó....

-Sempre que queiras.
É só apareceres , minha querida.
Será uma felicidade enorme estar contigo.

A campainha volta a tocar.
Ela chega 
A Constança.
 Afogueada , ruidosa , sorridente 


Querida avó !
Tinha tantas , tantas , tantas saudades que ía ter com os meus amigos ao Campo Pequeno mas não resisti a vir vê-la.
Está gira !
Linda !
Amanhã almoça connosco, não almoça ?

Despedem-se e vão aproveitar o calor deste sábado deslumbrante.
Felizes na sua adolescência  em flor.

Pegamos no El Mundo.
A independência possível da Catalunha domina todas as páginas.
Trim/ trim
É o filho Diogo que, como faz todos os sábados , vem visitar a mãe.

- Tudo bem !
Fui ao Corte Inglês, fazer umas compras sem importância.
Encontrei o amigo de um amigo e estivemos a conversar. Política , já se sabe. Foi agradável!Já li os jornais e , quando saíres vou para o blog.


 Que dizer ?
Apenas que nos sentimos felizes neste sábado em que sentimos que a ternura está presente.
E pensamos :
É possível viver só mas sentir-se acompanhado.

Quantos não vivem acompanhados e são invadidos por uma terrível solidão ?
Talvez  sejamos nós , com a nossa conduta, que possibilitamos essa situação.
Dar / receber.
Receber / porque se deu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando há família e se semeia bem a colheita é boa. Agora quando se tem família e se está só, ai, a colheita não foi boa. Quando se está só, porque se é só no mundo que fazer? Também não quer dizer se que esteja a morrer de solidão. Mas essas prendas que teve é uma colheita produtiva, parabéns e um abraço. Linda