domingo, 20 de julho de 2014

SÁBADO CHEGOU


No nosso passeio de ontem encontrámos na livraria Bertrand , no Vasco da Gama, uma priminha  afastada que nos reconheceu e dirigiu a palavra. Designamo-la por priminha pois é assim que a vimos embora já seja médica e mãe de filhos.
Conversámos e pretendemos saber como estavam parentes que há muito não encontrámos.
- O tio Zé?
   Já morreu 
 A tia Maria faleceu no ano passado.
.......,
Bem
A maior parte daqueles por quem perguntámos já partiu ....
 

Chegámos a casa . Pegámos no album das fotografias e nesta em especial.
 Nesse dia estavam connosco os parentes mais chegados.


Passaram 56 anos.
Foi fácil contar os que ainda  cá estão.
Uma dezena ?
Talvez .

É natural atribuir ao tempo a responsabilidade da circunstância que nos leva a pensar :
Realmente já vivemos muito .... tanto que é possível encarar apenas com doce melancolia estas ausências.
Houve tempo em que só de pensarmos na possibilidade de  perder os que tanto amávamos parecia inconcebível.
Mas aconteceu.
Sobrevivemos e hoje é com um sorriso de saudade que recordamos momentos inesquecíveis em que desfrutámos de um amor incondicional....


Voltamos sempre ao TEMPO.
Só ele, o tempo ,consegue transformar a dor em aceitação.

De qualquer modo consideramos o sábado de ontem como um dia feliz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para não sofrer a vida ou os anos ensinou-nos a sublimar as dores. O que era mau passou a ser menos mau ou mesmo a não dar importância. O bom passou a ser muito bom, e no fim, chega-se à conclusão que demos importância de mais a umas situações desvalorizando o bom que houve e a pensar quantas pessoas foram mais sofredoras e ainda são? Mas com todos os ensinamentos da idade, continuo sofrer por quem é infeliz. Linda