domingo, 5 de maio de 2019

UM SABER DE EXPERIÊNCIA FEITO

Pertenço a uma família que sempre usou e abusou de manifestações de ternura em excesso .
Ninguém nunca foi tratado sem diminutivo : Familiares . Empregados. Amigos e servidores .
Não sei se faz parte da cultura algarvia mas , na nossa família  era assim .
Beijos ?
A toda a hora .
De manhã.ao sair / entrar em casa . Ao deitar ....
 Quando apetecia MIMAR .

Quando iniciei o namoro o meu marido ironizou:.

" Nunca vi nada assim. São uns beijoqueiros !"

Eu espantei-me pois as manifestações de ternura eram inexistentes na sua família .

Sobriedade total .
Nada de revelar sentimentos .
Nada de diminutivos que consideravam piroso .
Culturalmente o oposto da nossa maneira de ser.

Estranhei !
Admirei-me .!
Nunca consegui que o meu marido me tratasse de forma carinhosa .
Senti que havia pudor em o fazer .

Biológico ?
Penso que sim pois creio que sempre foi assim desde o tempo do avô .

Se me adaptei ?
De modo nenhum !
A minha mãe " comia os netos com beijos "... Os termos carinhosos eram constantes .
As atenções. Mimos . Palavras ternurentas . 
ERAM NORMA DE CONDUTA .

ASSIM OS MEUS FILHOS CRESCERAM

ASSIM EDUCARAM OS SEUS FILHOS 

SEMPRE!

NUM AMBIENTE DE TOTAL CUMPLICIDADE .
EXIBIÇÃO DE FESTINHAS / CARINHOS / PROVAS DE AMOR 

" O AMOR SENTE-SE !
 NÃO PRECISA DE SE PROVAR "


TOTALMENTE FALSO !

NÃO HÁ NADA MAIS TRISTE DO QUE OUVIR
(COMO RESPOSTA A ) 

"-GOSTAS DE MIM ?

A RESPOSTA GÉLIDA QUE APAGA QUALQUER CHAMA.

_ QUE PERGUNTA PARVA !

   CLARO QUE GOSTO !"

NESTE DIA DA MÃE  ESTA VOSSA AMIGA QUE NOS SEUS 85 ANOS SABE MUITO DA VIDA 
REPETE O CONSELHO :

SOLTEM O AMOR
AINDA VÃO  A TEMPO !


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