Pertenço a uma família que sempre usou e abusou de manifestações de ternura em excesso .
Ninguém nunca foi tratado sem diminutivo : Familiares . Empregados. Amigos e servidores .
Não sei se faz parte da cultura algarvia mas , na nossa família era assim .
Beijos ?
A toda a hora .
De manhã.ao sair / entrar em casa . Ao deitar ....
Quando apetecia MIMAR .
Quando iniciei o namoro o meu marido ironizou:.
" Nunca vi nada assim. São uns beijoqueiros !"
Eu espantei-me pois as manifestações de ternura eram inexistentes na sua família .
Sobriedade total .
Nada de revelar sentimentos .
Nada de diminutivos que consideravam piroso .
Culturalmente o oposto da nossa maneira de ser.
Estranhei !
Admirei-me .!
Nunca consegui que o meu marido me tratasse de forma carinhosa .
Senti que havia pudor em o fazer .
Biológico ?
Penso que sim pois creio que sempre foi assim desde o tempo do avô .
Se me adaptei ?
De modo nenhum !
A minha mãe " comia os netos com beijos "... Os termos carinhosos eram constantes .
As atenções. Mimos . Palavras ternurentas .
ERAM NORMA DE CONDUTA .
ASSIM OS MEUS FILHOS CRESCERAM
ASSIM EDUCARAM OS SEUS FILHOS
SEMPRE!
NUM AMBIENTE DE TOTAL CUMPLICIDADE .
EXIBIÇÃO DE FESTINHAS / CARINHOS / PROVAS DE AMOR
" O AMOR SENTE-SE !
NÃO PRECISA DE SE PROVAR "
TOTALMENTE FALSO !
NÃO HÁ NADA MAIS TRISTE DO QUE OUVIR
(COMO RESPOSTA A )
"-GOSTAS DE MIM ?
A RESPOSTA GÉLIDA QUE APAGA QUALQUER CHAMA.
_ QUE PERGUNTA PARVA !
CLARO QUE GOSTO !"
NESTE DIA DA MÃE ESTA VOSSA AMIGA QUE NOS SEUS 85 ANOS SABE MUITO DA VIDA
REPETE O CONSELHO :
SOLTEM O AMOR
AINDA VÃO A TEMPO !
domingo, 5 de maio de 2019
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