quinta-feira, 17 de maio de 2012

PORTUGAL E GRÉCIA

Portugal e Grécia.
Aparecem ultimamente associados.
Eis os países onde a crise mais se faz sentir.
Se a Grécia sair do euro Portugal sofrerá o contágio.
Sabemos que é assim.
Pois é.
Mas há uma diferença excepcional que até agora não foi referida e devidamente salientada.
Ei-la :
Depósitos nos bancos portugueses batem máximo histórico.
Numa altura em que na Grécia se verifica uma corrida aos depósitos , Portugal vê o volume dos depósitos aumentar 9%. Em Março , voltaram a bater novo recorde, atingindo 131,3 mil milhões de euros.
Qual será a origem do fenómeno ?
Acreditamos que se nota uma maior apetência pela poupança e uma nítida confiança nos bancos e no Estado.
Não será ?
Mesmo ontem , dia em que se começou a verificar uma corrida aos bancos na Grécia e em que a ameaça da saída deste país do euro, era ouvida a toda a hora , os portugueses não alteraram a sua conduta e a normalidade na vida bancária manteve-se inalterável.
Um ano depois da chegada da Troika , os portugueses sabem que não havia alternativa . Não há programa de ajustamento que na primeira fase não gere recessão e desemprego. Mas a esperança num investimento produtivo que origine emprego está a tentar concretizar-se.
Acreditamos que há um tempo para tudo.
E o tempo para a mudança (apesar do número assustador dos desempregados )está a chegar.
Não será , o aumento das nossas poupanças, um sinal positivo ?
Confiança.
É a palavra chave.
Confiança.
(Há muitos meses que a classe -média na Grécia- para obviamente não falarmos  nas grandes fortunas - , está a realizar depósitos no exterior  e até consta que já está a ser preparada a operação de retorno rápido ao dracma )
Nós , embora parecidos sob alguns aspectos , estamos a revelar uma qualidade que tem faltado em absoluto aos helenos.
Sabem qual é ?
BOM SENSO.
Isso mesmo 
BOM SENSO .  

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