terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A LINGUAGEM DAS MÃOS / 1


BELEZA.
CORDIALIDADE.

1 comentário:

  1. Esta reflexão sobre as mãos fez-me lembrar um poema do Engénio de Andrade, que aqui deixo (espero que gostem):

    "Os trabalhos da mão

    Começo a dar-me conta: a mão
    que escreve os versos
    envelheceu. Deixou de amar as areias
    das dunas, as tardes de chuva
    miúda, o orvalho matinal
    dos cardos. Prefere agora as sílabas
    da sua aflição.
    Sempre trabalhou mais que sua irmã,
    um pouco mimada, um pouco
    preguiçosa, mais bonita.
    A si coube sempre
    a tarefa mais dura: semear, colher,
    coser, esfregar. Mas também
    acariciar, é certo. A exigência,
    o rigor, acabaram por fatigá-la.
    O fim não pode tardar: oxalá
    tenha em conta a sua nobreza."
    In Oficio da Paciência

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