Ontem em vários paises - em Portugal será publicado no final do ano com o título Não há silêncio que não termine - foi lançado o livro, com o relato das memórias do cativeiro de Ingrid Betancourt. ( Gallimard ). Ao longo de 700 páginas, a ex- candidata presidencial colombiana, conta-nos a sua história de sobrevivência em modo neo-realista. O jornal francês Libération considerou-o " um tratado acerca da miséria humana e da dignidade ".
Durante os últimos 18 meses Ingrid afastou-se do mundo que espantado tinha assistido em 2008 à sua libertação e narra-nos a sua versão dos acontecimentos. Escreveu em francês e não em espanhol ( a sua língua materna ) para conseguir um maior distanciamento da sua terrível experiência.
Mais uma obra que nos vai levar aos limites da resistência humana.
Aqui está uma mulher que se pode em certa medida, igualar a Cristo. E quantos Cristos não houve na história recente dos países onde Portugal também está incluído? E que hoje ninguém lhes presta homenagem e fazem tudo para encobrir. Tenho aqui na minha frente uma foto de um Português que quando da sua morte, na PIDE pesava 32Kg.,quem fala nele e noutros? Só tinha como arma o seu pensamento e mataram-no por isso. Faz muito bem Ingrid em denunciar barbaridades. Os sacrificados, do meu país Portugal, ninguém os quer lembrar, só as famílias que restam e os seus amigos de pensamento. Há assuntos que me estica logo o pensamento, e tenho que mostrar a minha indignação. Vou ficar por aqui. Linda
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